Venâncio registra perdas em quase 100 hectares com Mata Atlântica e de Araucárias no temporal de janeiro

Olá Jornal
fevereiro10/ 2024

Em tempos de crises climáticas, não é de hoje que o próprio meio ambiente tem enfrentado perdas. No último vendaval, ocorrido no dia 16 de janeiro, a estimativa da Emater/Ascar é de perdas nas áreas de mata nativa, tanto de floresta atlântica quanto de araucárias. A contabilização de perdas nestas áreas busca apontar os impactos do clima no próprio ambiente, além de garantir acompanhamento, já que a regeneração de áreas degradadas ocorre em cerca de cinco anos. Com o último temporal no território venâncio-airense foram perdidas, 89,95 hectares de mata Atlântica e outros 4,65 hectares com pinheiros.

Conforme o engenheiro agrônomo e chefe da Emater, Vicente Fin, a inclusão de perdas com as florestas ocorre também por conta das perdas futuras. “Tem a história da perda de materiais clímax, ou seja, árvores de anos que produz sementes. A regeneração natural, ela vai ocorrer em cinco anos, tá tudo que nem se nota que passou vento. A natureza se encarrega, isso brota e etc. Muitas árvores tombadas, elas mesmo vão brotar ali e vão continuar a sua missão,” explica.

Fin lembra que a queda de árvores em matas envolvem a distribuição de sementes, com ganhos, na emissão de carbono. “Por questões de carbono, nós não vamos perder, nós vamos ganhar. Porque a mata, quando ela rebrota, se ninguém fizer nada e deixar brotar, em dois toques está sequestrando mais carbono do que antes. Porque quando ela chega no clímax, tem a história do cresce de dia e respira de noite, ou seja, faz fotossíntese de dia e de noite respira,” comenta.

Além da perda vegetal durante o vendaval, a queda de árvores do tipo araucárias, o pinheiro do Sul, resulta em perdas para agricultores que realizam extração de pinhão. “Podemos perder araucárias centenárias, porém, a perda também de fêmeas, que produziram todos os anos uma quantidade média de 600 quilos de pinhão por hectare. Isso deixa de existir, aí sim temos a perda de uma árvore nativa, além da perda financeira,” comenta.

PLANTADAS
No meio rural as perdas com o temporal somaram mais de R$ 4,4 milhões. Os principais prejuízos foram registrados no plantio de eucalipto, que teve 357 hectares atingidos, resultando em R$ 1.644.375,00 de perdas financeiras. Conforme o relatório, 357 hectares sofreram perdas, de um total de 3.5 mil hectares de área cultivada. O prejuízo chega a 9.396,46 metros cúbicos.

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