Produtores de tabaco estão na elite brasileira, afirma pesquisador

Olá Jornal
outubro28/ 2023

Com o dobro de renda per capita mensal da média no país, R$ 3.935,40 contra R$ 1.625,00 no Brasil, o produtor de tabaco está na elite da sociedade brasileira. A avaliação é do professor Dr. Luiz Antonio Slongo, coordenador do Perfil socioeconômico do produtor de tabaco da Região Sul do Brasil, realizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração (CEPA/UFRGS).

A segunda edição da pesquisa aponta que, o percentual de produtores de tabaco na camada “A” é de 6,7%, o que equivale a mais do que o dobro do que é verificado em termos gerais no Brasil. Apenas 2,9% da população brasileira enquadram-se nesta faixa. A grande parcela dos produtores de tabaco está na classe “B2”, com 67,2%. Este percentual corresponde a mais de quatro vezes o que se verifica em termos nacionais, onde, neste estrato, enquadram-se somente 16,7%.

“O produtor de tabaco está na elite da sociedade brasileira. Nós estamos muito mais com o nível socioeconômico do último quartil, digamos, dessa situação social do que nos demais. A pesquisa é nítida. Eu não tenho nenhuma dúvida que nós estamos falando de famílias que vivem muito bem. Logicamente que eu não vou entrar no mérito da dificuldade que eles têm. Obviamente, eles têm. Não é fácil a vida de um produtor agrícola, seja ele de que natureza for, obviamente. Mas esse esforço que ele faz, pelo que a gente percebe aqui, ele é bem compensado, diferentemente de outras situações que existem no Brasil”, avalia.

RIQUEZA
O que mais chama atenção do pesquisador é o fato de pequenas propriedades gerarem tamanha riqueza. “O que realmente salta os olhos, desde a edição de 2016, é produtores tão pequenos e que conseguem ter um nível socioeconômico tão elevado. São pequenos produtores, muito pequenos, eu diria, porque eles têm pouco mais do que um sítio, muitas vezes, e ele consegue transformar esse pequeno sítio, essa pequena propriedade, numa situação tão rentável”.

De acordo com Slongo, os dados mostram que o produtor familiar é destaque. “Na minha ideia, o pequeno produtor estava fadado a passar dificuldade, a ser menosprezado, a ser relegado a um segundo plano. Não tem nada na pesquisa que indique para isso. Então essa foi, essa é a minha grande surpresa positiva com relação aos números da pesquisa”, afirma.

Esta relevância é reconhecida pelo próprio produtor, sendo que 91,6% tem satisfação de trabalhar na atividade agrícola e 84% sente-se bem em plantar tabaco. “Constata-se ainda na pesquisa que os produtores apresentam um elevado grau de satisfação com a sua condição de agricultor e, em especial, por ser produtor de tabaco. Esta constatação é ratificada pela boa autoavaliação que eles fazem da sua condição de vida”, explica o professor.

Assim como a primeira edição, realizada em 2016, o estudo foi encomendado pelo SindiTabaco e conduzido no período entre 30 de junho a 20 de julho de 2023, em 37 municípios produtores de tabaco que compõem a Região Sul do Brasil. A população considerada é composta por produtores de tabaco da Região Sul e, para efeitos de amostra, considerou-se um total de 1.145 casos, com erro amostral máximo de 2,9%.

Segundo o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, os resultados reafirmam a importância econômica e social do tabaco no meio rural. “Em muitos momentos temos ouvido que o produtor de tabaco vive em uma situação de vulnerabilidade, mas a pesquisa desmonta essa narrativa. Assim como aconteceu em 2016, os resultados não surpreendem quem conhece o setor do tabaco, mas eles vão impressionar quem ainda consome informações com fontes ideológicas”.

DADOS DA PESQUISA

  • Considerando-se todas as fontes de renda, os produtores de tabaco da Região Sul do Brasil atingem uma renda mensal total média de R$ 11.755,30
  • 73% dos produtores de tabaco dispõem de outras rendas, além daquela proveniente do cultivo do tabaco. Essas outras rendas provêm do cultivo de outros produtos agrícolas e de outras fontes de renda, tais como: aposentadorias, empregos fixos ou temporários, atividades autônomas, aluguéis, arrendamentos, ou rendimentos de aplicações financeiras.
  • Quase 73% têm a alvenaria como material predominante na construção
  • Quase 72% têm três ou mais dormitórios por domicílio
  • Todos os domicílios têm, pelo menos, um banheiro ou sanitário, sendo que quase 36,4% têm mais de um
  • Quase 95% têm fossa séptica para esgoto
  • 29% têm poço artesiano e 97,1% têm água encanada
  • Quase todos possuem acesso à energia elétrica, via rede geral de distribuição (98,6%)
  • 13,5% têm acesso a outras fontes, sendo destas 12,3% de energia solar
  • Praticamente 100% têm água aquecida (99,6%), pelo menos para banho
  • 100% têm automóvel ou caminhonete e 62,7% têm motocicleta
  • 13,7% têm outro imóvel, além daquele utilizado para morar (eram 10% em 2016)
  • Mais de 97% têm máquina de lavar roupa e 65% têm também secadora de roupa
  • 33,4% têm ar condicionado; 80,7% têm ventilador e 57,2% dos domicílios têm aspirador de pó
  • 88,6% têm forno elétrico e 67,2% têm forno de micro ondas
  • 80,9% dos produtores possuem trator e 13,4% microtrator
  • Praticamente 100% têm televisor a cores, sendo 90,5% do tipo tela plana
  • 100% têm, pelo menos, um celular e 36% dispõem de computador
  • Quase 94% têm acesso à internet, sendo mais de 92% na própria residência
  • Quase 60% dos chefes de família têm mais de 8 anos de estudo, destes 32,2% têm mais de 11 anos de estudo, sendo segundo grau completo e até cursos superiores, completos ou incompletos
  • 95,6% deles já fizeram cursos sobre manuseio seguro de agrotóxicos
  • 50,2% já fizeram cursos de manejo correto do solo
  • 46,4% já fizeram algum curso sobre organização ou gestão de propriedades rurais
  • 98% se dizem bem informados sobre as técnicas de colheita segura do tabaco
  • 96% desses produtores recebem assistência técnica de empresas

Direitos humanos: tabaco está no caminho certo, afirma socióloga

Olá Jornal
outubro28/ 2023

As ações desenvolvidas pela cadeia produtiva do tabaco voltadas aos direitos humanos demonstram que o setor está no caminho certo. A avaliação é da socióloga e advogada Dra. Ana Paula Motta Costa. Professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi palestrante de seminário sobre acomodações e contratação de mão de obra, realizado pelo Sinditabaco no último dia 17, com o apoio da Afubra e da Fetag-RS.

Com objetivo de divulgar e orientar sobre a importância do trabalho decente, o evento reuniu cerca de 350 pessoas na Parque da Expoagro Afubra, em Rio Pardo. “Um seminário é um caminho certo, compromisso coletivo. Me parece que as empresas estão se unindo em torno deste tema, não é um tema de concorrência entre uma empresa e outra, é um tema da cadeia comum de toda cadeia, de governos, da sociedade”, afirma.

Doutora em Direito pela PUC-RS e pós-doutora pela Universidade da Califórnia, destacou o trabalho realizado pelas empresas. “Tenho visto empresas que têm um olhar muito atento, treinando seus funcionários para identificar problemas, desenvolvendo aplicativos de informação de reportar os problemas para a empresa. Eu vejo as empresas a orientar firmemente esses trabalhadores para que tenham este olhar crítico e isso é muito positivo”.

Além das informações repassadas pelas empresas e sindicatos de classe, os produtores passam a contar com duas cartilhas orientativas. As cartilhas, Contratação de mão de obra na Agricultura Familiar, elaborada pela Fetag, e a Trabalho Análogo ao de Escravo, elaborada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho. Os 60 mil exemplares impressos serão disponibilizados para os produtores de tabaco gaúchos.

Considerado um case de sucesso na agricultura familiar, o setor de tabaco é pioneiro no combate ao trabalho infantil no meio rural, sendo o único a exigir o comprovante de matrícula dos filhos dos agricultores em idade escolar e o atestado de frequência para a renovação do contrato comercial existente entre empresas e produtores, dentro do Sistema Integrado de Produção de Tabaco.

Alliance One leva sustentabilidade a produtores integrados

Olá Jornal
outubro28/ 2023

Daniel Voelz é produtor integrado da Alliance One há 12 anos na localidade de Linha Ferraz, em Vera Cruz (RS). Ao lado da esposa Marlene, destina 4,6 hectares da propriedade à cultura do tabaco, com cerca de 70 mil plantas. “A fumicultura é o sustento da região: é a solução para a pequena propriedade. É o que rende mais em pequena escala e dá maior lucratividade”, explica o produtor.

A propriedade de Daniel traz bons resultados ano após ano. Tudo isso é fruto de esforço e dedicação, dele e de sua família, que deixam o espaço sempre limpo e organizado, facilitando os processos que envolvem o plantio do tabaco.

Mas além disso, Voelz é um dos 994 participantes que já atenderam ao Projeto de Difusão Agronômica, ou Beyond Agronomic Basics (BAB), como é chamado no exterior. A iniciativa visa levar aos produtores integrados da Alliance One uma série de novas tecnologias do campo que maximizam a produtividade, melhoram a qualidade do produto e, consequentemente, aumentam a rentabilidade das famílias.
O BAB faz parte da estratégia de ESG que a empresa está colocando em prática até 2030, conforme explica Milton Gelain, gerente de Projetos de Agronomia da Alliance One. “A ideia é que os agricultores capacitados possam compartilhar os conhecimentos adquiridos, criando uma rede de disseminação e apoio às práticas agrícolas sustentáveis para a cultura do tabaco em suas regiões”, destaca.

Os resultados do projeto nas propriedades podem ser tanto qualitativos como quantitativos.
Entre os fatores qualitativos estão o controle da erosão do solo, redução do nível de encharcamento devido às chuvas, redução de perda de nutrientes e produtividade acima da média em comparação com outras terras das mesmas regiões, além da redução de possíveis impactos que pragas podem causar às plantações.

Os ganhos quantitativos são igualmente surpreendentes. Daniel Voelz explica que, em apenas um ano de lavoura aplicando as tecnologias do BAB, na safra passada, já foi possível notar uma grande diferença. “Já conseguimos ver a diferença só com o manejo do solo. Não tem como voltar atrás. Já vejo diferença de peso de aproximadamente duas arrobas por mil pés, ou seja, 460 quilos por hectare”, comenta.

Os ganhos econômicos, sociais e ambientais proporcionados por iniciativas como o Projeto de Difusão Agronômica reforçam que a proximidade na relação entre empresa e produtor é a chave para o sucesso. Famílias como a Voelz, que vivem de cultivar a terra com dedicação e trabalho, sem deixar de abrir espaço para inovações tecnológicas e sustentabilidade, servem de inspiração para quem quer construir um mundo melhor.

Projeto de energia alternativa promovido pela Philip Morris Brasila presenta resultados promissores e inicia fase de parceria com o Senai

Olá Jornal
outubro28/ 2023

A geração de fontes alternativas de energia limpa ganha cada vez mais força na agricultura, em razão dos benefícios ambientais e econômicos que proporcionam. Por isso, a Philip Morris Brasil (PMB) tem investido em novas fontes energéticas, para que os produtores que possuem contratos de fornecimento de tabaco com a empresa produzam de forma cada vez mais sustentável. Essa iniciativa ocorre em meio à transformação do negócio, para a construção de um futuro sem fumaça, que tem na sustentabilidade um dos seus principais pilares.

Na produção de tabaco, o processo de cura das folhas da planta é um dos principais responsáveis pelas emissões de CO2, em função do uso de lenha e de energia elétrica. Embora a lenha empregada no processo seja 100% oriunda de plantios florestais, ou seja, um combustível renovável e sustentável, a busca por fontes alternativas é importante. Além do aumento dos preços da lenha verificado nos últimos anos, estas iniciativas contribuem com os compromissos assumidos pela Philip Morris para manter índice de desmatamento zero e reduzir suas emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) nas operações globais em 50% até 2030.

Em parceria com a Metalúrgica Zenker, foi projetado um protótipo de sistema híbrido para a cura das folhas de tabaco. O mecanismo utiliza resistências elétricas que aquecem o ar das estufas do tipo ar forçado, através da utilização de energia elétrica gerada por sistema fotovoltaico, reduzindo necessidade de lenha. Com esse novo sistema, adaptável às estufas já existentes, os produtores podem diversificar o uso dos combustíveis sem a necessidade de adquirirem novas estufas.

Os protótipos estão em testes desde 2021, em diferentes situações e regiões dos Estados do Paraná e Santa Catarina, para avaliação do comportamento do sistema em estufas e nas infraestruturas de redes elétricas distintas, nas localidades onde há produtores integrados à PMB.

Os resultados obtidos desde então são bastante positivos. Houve uma redução de mais de 50% no consumo de lenha, sugerindo possibilidades de redução dos custos de produção e gastos com energia elétrica nas propriedades. Somam-se a isso as melhores condições de trabalho para os produtores e a eliminação da necessidade de abastecimento de lenha nas fornalhas durante a noite, o que tem impacto na qualidade de vida dos fumicultores.

Por meio da utilização de energia fotovoltaica, foi observada a possibilidade de uma redução de 55%, nas emissões de Gases do Efeito Estufa, relacionada ao uso geral de energia elétrica na propriedade e de uma redução potencial de 38% nas emissões ligadas à cura do tabaco no Sul do Brasil, considerando a expansão do projeto até 2030.

“Este projeto nos mostra que as soluções são realmente inovadoras quando construídas com todos os interessados e contribuem para uma cadeia de abastecimento cada vez mais responsável e comprometida com a produção sustentável. São ideias como estas que deixam legados para o setor e ajudam o nosso negócio e a nossa indústria a dar passos sólidos em direção a um futuro sem fumaça”, destaca Débora Teixeira, supervisora de Sustentabilidade da PMB.

SENAI
Uma parceria estabelecida entre a PMB e a Rede SENAI/RS de Institutos de Tecnologia e Inovação, que irá aportar recursos ao projeto e atuar no desenvolvimento de novas tecnologias, permitirá que os produtores do Rio Grande do Sul também sejam beneficiados com soluções de uso de energias alternativas na cura do tabaco. A parceria também prevê a realização de estudos mais aprofundados de modelagem térmica das estufas e de automação de processos, visando geração de conhecimento para expansão do projeto, inclusive para outros países.

Sábado será de chuva na região e sol retorna no domingo

Olá Jornal
outubro27/ 2023

O fim de semana começa com chuva e encerra ensolarado. Neste sábado, 28, Instabilidades atuam sobre o Vale. O dia fica parcialmente nublado, mas com muitas nuvens e podem ocorrer pancadas de chuva a qualquer momento. Há chance de temporais acompanhados de rajadas de vento, raios e eventual queda de granizo, principalmente durante a madrugada e manhã. Curtos intervalos de melhoria com possíveis aberturas de sol também não podem ser descartados no decorrer da tarde. As temperaturas ficam amenas em boa parte do dia e, em direção à noite, apresentam uma leve redução. ATENÇÃO: Altos volumes de chuva previstos para as cabeceiras do rio Taquari, que podem causar transtornos no Vale. As temperaturas variam entre 17ºC e 25ºC.

O volume de chuva pode alcançar 29mm. No domingo, 29, o sol retorna. Porém, também ocorrem períodos de maior nebulosidade, e não se pode descartar a ocorrência de alguma garoa isolada e passageira. O amanhecer apresenta temperaturas agradáveis e pode ocorrer nevoeiro em pontos isolados. Já durante a tarde a sensação será de calor. As temperaturas variam entre 19ºC e 31ºC.

Hospital São Sebastião Mártir recebe R$ 151 mil em emenda parlamentar

Olá Jornal
outubro27/ 2023

Na tarde desta sexta-feira, 27, o deputado estadual Marcus Vinicius (PP), visitou o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM). O parlamentar realizou a entrega de emenda intermediada com o deputado federal Afonso Hamm (PP). O valor de R$ 151 mil foi direcionado à casa de saúde de Venâncio Aires. O valor será utilizado para custeio dos serviços.

Participaram o encontro o presidente do PP de Venâncio Aires, Maciel Marasca, o vice-presidente da sigla, Adriano Fagundes, o vereador André Kaufmann (PTB), e os dirigentes da casa de saúde, o presidente Marcelo Farinon, e o ex-presidente, e atual presidente do conselho fiscal, Juliano Anges.

Cisvale e região pactuam compromisso ambiental com o futuro

Olá Jornal
outubro27/ 2023

Na presença de prefeitos e lideranças ambientais dos 17 municípios consorciados, o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) apresentou à região o projeto Agenda Ambiental Cisvale 2030, um conjunto de 30 projetos para a preservação do meio ambiente. A proposta, que deverá contar com a adesão da iniciativa privada e projeta na educação o pontapé inicial para o cuidado com a natureza. No evento, as oito primeiras ações foram apresentadas aos convidados e a carta de 10 princípios ambientais para a gestão sustentável da região.  

Conforme o presidente do Consórcio, Gilson Becker, a iniciativa em nível regional amplifica a capacidade de gestão ambiental, com adesão dos municípios do Vale do Rio Pardo. “Nossa missão é pensar em um futuro onde haja o equilíbrio econômico, o crescimento das nossas cidades e o cuidado com o meio ambiente em uma única agenda. Este pode ser um dos principais propósitos do nosso projeto hoje”, diz.

De acordo com Becker, a mobilização agora contará com a adesão de entidades públicas e da iniciativa privada. “Nossa Agenda Ambiental Cisvale 2030 já saiu com a parceria inicial de entidades como a Afubra, ACI e SindiTabaco. Além destas, contamos com o apoio da Unisc e da Faculdade Dom Alberto, responsável pela elaboração do Plano Estratégico que norteia as ações da agenda”, justifica.

A Doutora em Química da Faculdade Dom Alberto, Juliana da Costa, lidera a elaboração dos 30 projetos ambientais (veja lista dos oito primeiros), pensados para o desenvolvimento sustentável da região. De acordo com ela, a mobilização dos 17 municípios foca na educação para a criação dos hábitos e costumes para criar uma cultura de preservação ambiental. “Com isso, queremos aproximar as famílias e trazê-las para dentro desta ação regional. O ato de hoje marca a entrega deste plano e o início de uma grande estratégia pró-meio ambiente”, complementa a professora.

Um diagnóstico da região

Durante a solenidade de lançamento do Planejamento Estratégico do Cisvale, o Professor Marcelo Luis Kronbauer, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), apresentou as propostas de Revisão do Plano de Saneamento Básico da região e a proposta para o Diagnóstico Socioambiental em favor dos municípios que integram o Consórcio. “Nos próximos 15 meses iremos adaptar os planos à nova realidade, ao marco regulatório do Saneamento Básico, que data de 2015, assim como iremos criar os parâmetros para a regulamentação das áreas de preservação permanentes nos municípios”, destaca.

No evento, a Unisc e o Cisvale celebraram o contrato para a realização dos projetos, por meio de uma parceria entre o consórcio e a universidade. “A partir de segunda-feira, iniciaremos o trabalho, com as equipes da Faculdade Dom Alberto, Unisc e todos os membros da Câmara Setorial do Meio Ambiente, para a realização do planejamento de execução, tanto das atividades relacionadas ao desenvolvimento da revisão dos planos de saneamento básico e diagnóstico socioambiental, quanto a implementação da Agenda Ambiental Cisvale 2030”, destaca a Diretora Executiva do Cisvale, Léa Vargas.

Há 18 anos, protagonista

Criado em 2005, o Cisvale completou no último dia 20 de outubro, 18 anos. Inicialmente, focado na área da saúde, com o passar do tempo, o consórcio agregou as áreas da agricultura, do turismo e do meio ambiente e, mais recente, nas redes de atenção ao Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), tornando-se uma ferramenta importante para a gestão pública do Vale do Rio Pardo.

O Ambientalista, José Alberto Wenzel, Prefeito de Santa Cruz do Sul na época, protagonizou a instalação do Cisvale e, no ato da apresentação da Agenda Ambiental, recebeu uma homenagem da atual administração. “Não foi uma ação minha, a criação do Cisvale. Foi uma iniciativa compartilhada com todos os prefeitos da época e uma necessidade para nossa região. Na área ambiental, onde é muito mais difícil recuperar, a preservação deve ser a ação principal”, garante.

Representando o Governador do Estado, Eduardo Leite, o Secretário Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Rafael Mallmann, elogiou os 18 anos do Consórcio. “O que iniciou, há quase 20 anos aqui, hoje é a vanguarda da gestão pública, tratar a administração de forma consorciada está entre o que existe de mais moderno no meio público”, ponderou.

O Deputado Federal, Heitor Schuch, destacou a importância da legislação no contexto ambiental. Segundo ele, as mudanças climáticas da atualidade necessitam de uma ação rápida, respaldada em leis. “O código ambiental, que já tem mais de anos prevê o pagamento pelos serviços ambientais. Quando chegarmos a este nível, estaremos muito bem”, disse o parlamentar, que na Câmara dos Deputados é o líder da Comissão de Indústria e Desenvolvimento.

Carta com os 10 princípios da Agenda Ambiental Cisvale 2030

1. Compromisso com a Sustentabilidade Ambiental

Reconhecemos a urgência de agir para proteger e preservar nosso ambiente natural para as gerações presentes e futuras. Comprometemo-nos a tomar medidas concretas para mitigar os impactos ambientais adversos e promover práticas sustentáveis em todas as áreas de atuação de nossos municípios;

2. Conservação da Biodiversidade

Comprometemo-nos a proteger e conservar a biodiversidade local, reconhecendo o valor intrínseco de todas as formas de vida e a importância dos ecossistemas saudáveis para o bem-estar humano;

3. Mudanças Climáticas e Resiliência

Reconhecemos o desafio das mudanças climáticas e nos comprometemos a reduzir nossas emissões de gases de efeito estufa, promover fontes de energia limpa e fortalecer a resiliência de nossas comunidades contra os impactos das mudanças climáticas;

4. Uso Sustentável de Recursos

Comprometemo-nos a promover o uso responsável dos recursos naturais, incluindo água, solo, energia e materiais, adotando práticas de consumo consciente e sustentável;

5. Educação Ambiental e Engajamento Público

Reconhecemos a importância da educação ambiental e do engajamento da comunidade na tomada de decisões ambientais. Comprometemo-nos a fornecer oportunidades de aprendizado e participação para nossos cidadãos, capacitando-os a se tornarem defensores do meio ambiente;

6. Parcerias e Colaboração

Comprometemo-nos a procurar parcerias colaborativas com outras entidades, órgãos governamentais, setor privado e organizações da sociedade civil, reconhecendo que desafios ambientais complexos envolvem ação conjunta;

7. Monitoramento e Avaliação

Comprometemo-nos a monitorar e avaliar continuamente nosso progresso em direção às metas ambientais, ajustando nossas estratégias conforme o necessário para alcançar os melhores resultados;

8. Transparência e Prestação de Contas

Comprometemo-nos a operar com transparência, compartilhando informações relacionadas às nossas ações e prestando contas à comunidade e às partes interessadas;

9. Inovação e Resolução de Problemas

Reconhecemos a necessidade de abraçar a inovação e abordar proativamente os desafios ambientais emergentes, encontrando soluções criativas e baseadas em evidências;

10. Herança para as Futuras Gerações

Comprometemo-nos a agir em nome das futuras gerações, deixando um legado de ambiente saudável e sustentável que eles possam desfrutar e preservar.

Oito primeiros projetos da Agenda Ambiental Cisvale 2030

Rios e Vales

Projeto, planejamento e ações para a recuperação de fauna e flora nos rios da região, desenvolvido por meio de ações de plantio e revitalização da mata ciliar, peixes e animais nativos dos rios. Ação será realizada em parceria com o Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio Pardo, prefeituras dos municípios e Emater-RS/Ascar. Serão realizadas ações junto aos ribeirinhos e comunidades lindeiras para recuperação dos rios e preservação dos mananciais hídricos e seus afluentes, deixando as áreas o mais parecidas possíveis com a natureza original do espaço.

Frutas nativas

Incentivo à diversificação agrícola, com fomento à implantação de pomares de frutas nativas, por meio da recuperação da flora nativa regional. Com foco nos produtores rurais, a ação visa atingir os 17 municípios da região, pelos próximos 7 anos. Por meio da extensão rural da Emater-RS/Ascar, a intenção é elaborar uma pesquisa para criação de projetos de manejo e plantio de árvores frutíferas de forma sustentável, para viabilizar a produção de frutas nativas como forma de diversificação da produção nas propriedades rurais do Vale do Rio Pardo.

Concurso para criação do slogan da Agenda Ambiental Cisvale 2030

Por meio da escolha de um slogan para nossa “Agenda Ambiental 2030 Cisvale”, a meta é não apenas conscientizar, mas também inspirar ações positivas para promover a proteção do meio ambiente na região. Toda comunidade será chamada a participar, por meio de inscrições, para a criação deste slogan, que será utilizado como a segunda marca do projeto. O slogan vencedor se tornará um emblema de nossos esforços em prol do meio ambiente, representando nossa determinação de preservação dos recursos naturais para as gerações futuras.

Hortas escolares

Fomentar aumento e manutenção de hortas escolares e incentivo a alimentação saudável e sustentável. Criar onde ainda não há, ou incentivar a produção de hortas no ambiente escolar, com estímulo à alimentação saudável dos alunos, para que, pelo menos uma vez por semana, a merenda da escola seja feita com produtos da horta. Do projeto, além da educação ambiental, será realizado um livro com receitas desenvolvidas a partir do contato dos alunos com a produção de alimentos saudáveis.

Composteiras amigas do meio ambiente

Fomentar reaproveitamento de resíduos para transformação adubo orgânico e conectar ao projeto das hortas escolares. Será desenvolvido nos 17 municípios da região consorciada, com estudantes da rede pública e privada. Criar nas escolas, a partir das sobras da cozinha, uma composteira que será montada na própria instituição, cujo objetivo é educar sobre o resíduo orgânico, ao mesmo tempo que se cria o adubo para utilizar nas horas e canteiros da escola.

Gincana “Coleta de Resíduos entre Escolas: Unindo Forças pela Sustentabilidade”

Criar uma gincana escolar regional, incentivando reciclagem e propagação de educação ambiental. Na primeira fase, os alunos disputam entre as escolas do município e no segundo momento, a região (17 municípios) se une para competir entre si. Durante a gincana, cada equipe é responsável por planejar suas estratégias, estabelecer metas e elaborar campanhas de conscientização para envolver toda a comunidade escolar. Os alunos se tornam verdadeiros embaixadores da sustentabilidade, promovendo a importância da coleta seletiva e incentivando a participação ativa de colegas, professores e funcionários.

Brinquedos e árvores

Projeto troca de brinquedos por árvores ou flores – arrecadação e incentivo ao plantio de árvores. O projeto prevê a preparação de mudas de plantas e árvores, para que estas sejam trocadas por brinquedos, em momentos especiais, nos 17 municípios que integram o Consórcio. Espera-se, pelo projeto, a construção e consolidação de valores como solidariedade, de coletividade e de desenvolvimento de ações de reconstrução da flora em ambientes domésticos.

A redação que transforma o ambiente

Competição elaboração redação sobre temas pertinentes ao meio ambiente. Divididos em duas etapas – municipal e regional – os alunos das redes públicas e privada serão estimulados a criar redações sobre o meio ambiente. Ao final do concurso, haverá uma cerimônia de premiação e as redações premiadas irão compor um livreto, nas versões digital e impresso.

CRÉDITO: AI Cisvale/NASCIMENTO MARKETING DE CONTEÚDO E MÍDIAS

Hospital São Sebastião Mártir Reforça Compromisso com a Saúde em Missão em Brasília

Olá Jornal
outubro27/ 2023

O Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) concluiu uma importante missão de três dias na capital federal, Brasília, com visitas a deputados federais, senadores e ao Ministério da Saúde. A missão teve como objetivo buscar apoio para revisar os valores atualmente pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pleitear um aumento nos repasses de recursos por meio de emendas parlamentares.

O presidente do HSSM, Marcelo Farinon, ressaltou a importância dessas visitas: “Tivemos três dias bastante intensos nos corredores, túneis e andares que compõem as estruturas do Congresso. Nas visitas, referendamos a nossa casa de saúde na composição por emendas e também nas discussões sobre as melhorias urgentemente necessárias ao SUS no sentido da adequação dos valores de repasses dos serviços.”

O Secretário de Saúde do Município de Venâncio Aires, Tiago Quintana, e o Administrador do Hospital, Fernando Siqueira, também desempenharam papéis fundamentais durante a missão em Brasília, contribuindo para as discussões e reuniões com parlamentares e autoridades do Ministério da Saúde.

Farinon continuou: “Essa missão inicial foi concluída. Estivemos presentes nas vistas aos parlamentares, mesmo que alguns não puderam nos receber pessoalmente devido às diversas agendas. No entanto, fizemos a troca de contato com os gabinetes e deixamos nosso material.”

É importante salientar que o momento atual é de composição das chamadas “emendas ‘Guarda Chuva’,” e as indicações para essas emendas ocorrerão no final de fevereiro do próximo ano. O HSSM está comprometido em continuar a luta por recursos que beneficiem diretamente a saúde da população e contribuam para o aprimoramento do atendimento médico na região.

O hospital agradece o apoio da comunidade e dos representantes políticos durante essa missão e reforça seu compromisso de trabalhar incansavelmente para garantir um sistema de saúde público mais robusto e eficiente.

CRÉDITO: AI HSSM/TRAÇO D

Produtor de tabaco ganha 140% a mais do que a média do trabalhador brasileiro

Olá Jornal
outubro27/ 2023

O bom nível socioeconômico dos produtores de tabaco foi reafirmado em uma nova pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mostra que, enquanto 80% enquadra-se nas classes A e B, a média geral brasileira nesse estrato social não chega a 25%. São dados que ratificam o estudo realizado em 2016 e que já mostravam a superioridade da renda de quem produz tabaco.

O relatório da segunda edição do Perfil socioeconômico do produtor de tabaco da Região Sul do Brasil, apresentado em outubro pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração (CEPA) da UFRGS, evidencia que, consideradas todas as fontes de renda, os produtores de tabaco atingem a média total mensal de R$ 11.755,30, ficando a renda per capita em R$ 3.935,40, enquanto a renda per capita no Brasil é de R$ 1.625,00 (IBGE, 2022).

Com esse rendimento, 6,7% dos produtores de tabaco enquadram-se no estrato A (mais do que o
dobro dos 2,9% verificados no Brasil), 6,1% no estrato B1 (no Brasil, o índice é de 5,1%) e 67,2% no
estrato B2 (mais de quatro vezes o que se verifica em termos nacionais, onde está 16,7% da
população). O melhor padrão social é também verificado nos níveis mais baixos da escala, pois os
estratos C1, C2, C3 e D abrangem quase 76% da população brasileira e junto aos produtores de tabaco
a soma dá apenas 19,6%.

As boas condições de vida refletem a situação econômica dos produtores de tabaco. Por exemplo,
quase 72% dos domicílios têm três ou mais dormitórios, todas as casas têm banheiro e 36,4% têm
mais de um. Sobre a energia elétrica, 98,6% têm acesso via rede geral e 12,3% têm sistema de
energia solar. Em relação aos bens de consumo, praticamente 100% têm televisão, todos têm pelo
menos um telefone celular e 36% dispõem de computador. Mais de 80% dos produtores possuem
trator e 100% têm automóvel ou caminhonete.

A PESQUISA – Realizada de 30 de junho a 20 de julho de 2023, em 37 municípios, tem base em entrevistas pessoais na residência de 1.145 produtores (erro amostral máximo de 2,9%). Com coordenação do Prof. Dr. Luiz Antonio Slongo, a pesquisa contou com o apoio do Prof. Dr. Rafael Laitano Lionello (ESPM/SP) e dos doutorandos Lucas Dorneles Britto e Nathalia Soares Brum de Mello (PPGA/UFRGS).

CRÉDITO: AI SINDITABACO

Próximos dias serão de temporais e chuva acima da média em algumas regiões do estado

Olá Jornal
outubro27/ 2023

O final de semana será de alto volume de chuva em parte do Rio Grande do Sul, com ocorrência de temporais, principalmente no norte e noroeste do Estado, segundo a Climatempo. Entre a sexta-feira, 27, e o domingo, 29, a possibilidade é de que possa chover até 300mm em cidades gaúchas de regiões próximas a Santa Catarina, quantidade maior do que a média de vários locais. Cruz Alta, por exemplo, tem média de 246mm e São Luiz Gonzaga 264mm.

Uma área de baixa pressão sobre o Paraguai, ao longo da quinta-feira, contribuiu com a formação de nuvens carregadas sobre o RS. No norte do Estado, o alerta é de temporais entre a tarde e a noite de sexta-feira. Pancadas de chuva serão acompanhadas de ventos que podem chegar a 70 km/h e risco de granizo.

Na região chuva chega durante a tarde. O Vale registra pancadas ao longo do período, e durante a noite. As temperaturas nesta sexta variam entre 13ºC e 28ºC.

No sábado, 28, instabilidades atuam sobre os Vales. O tempo fica fechado, com muitas nuvens e podem ocorrer pancadas de chuva a qualquer momento. Há chance de temporais acompanhados de rajadas de vento, raios e eventual queda de granizo, principalmente durante a madrugada e manhã. As temperaturas ficam amenas em boa parte do dia e, em direção à noite, apresentam uma leve redução. O volume de chuva pode alcançar os 29mm. A máxima fica em 25ºC.

No domingo, 29, o sol aparece na Região. Porém, também ocorrem períodos de maior nebulosidade, quando não se pode descartar a ocorrência de alguma garoa isolada e passageira. O amanhecer apresenta temperaturas amenas e não se descarta nevoeiro em pontos isolados. Já durante a tarde a sensação será de calor. As temperaturas variam entre 19ºC e 31ºC.