Fecomércio-RS projeta 2024 “morno” na economia do país

Olá Jornal
dezembro06/ 2023

Para o consultor econômico da Fecomércio-RS, Marcelo Portugal, o próximo ano será “morno”. A classificação ocorre por conta das projeções de crescimento tímidas do PIB, elevação de vendas e o controle da inflação. Os detalhes para o desempenho da economia foram revelados em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 04, na sede da entidade em Porto Alegre.

“O país vai crescer, mas menos do que em outros períodos. Por isso, classificamos que 2024 será morno. A economia seguirá com resultado positivo, e com desafio do controle das despesas públicas. Não será um período espetacular de crescimento, mas também não teremos um resultado negativo,” comenta Portugal.

Pela estimativa da Fecomércio-RS, o Produto Interno Bruto do Brasil deverá crescer 2,2%. Já o PIB do Rio Grande do Sul terá melhor resultado, com 3,5% de aumento. A inflação deve ficar em 4,2%. Sobre os juros básicos a expectativa é que fiquem em 9,75%. Já o dólar deve se manter em R$ 5,15. E as vendas do comércio deverão crescer 3%, e os serviços com 2,7%.

Depois de três anos seguidos com crescimento acelerado, o próximo ano, será modesto, na opinião do presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, Luiz Carlos Bohn. “O crescimento de PIB menor em 2024, no Brasil, não é necessariamente uma má notícia para o setor do comércio de bens, serviços e turismo. O mercado de trabalho continua aquecido”, disse Bohn.

CONTRA O AUMENTO
Sobre o aumento do ICMS, a Federação acredita que o argumento da reforma tributária não sustenta a necessidade da medida. A proposta representa um aumento no desembolso das empresas com recolhimento de ICMS que pode chegar a 20%. “Todos os gaúchos acabarão pagando esta conta. Não podemos aceitar uma majoração de impostos deste tamanho, sob a justificativa de perda de arrecadação causada por um mecanismo que inicia sua vigência de modo gradual apenas em 2029 e que não irá gerar perda de arrecadação”, defende Bohn. A Fecomércio-RS já iniciou sua atuação para impedir que essa elevação seja aprovada.

Ao ser questionado durante a coletiva sobre a possibilidade de cortes nos incentivos econômicos concedidos, inclusive para setor do comércio, Bohn foi rápido, e afirmou que poderão ser cortados, para que não ocorra elevação de impostos no Rio Grande do Sul.

O governador Eduardo Leite (PSDB), tem utilizado o valor de incentivos como pauta para garantir o convencimento de deputados e setores da economia sobre a importância da elevação nas alíquotas do ICMS de 17,5% para 19%. A Assembleia Legislativa vai votar o tema na última sessão ordinária do ano, no dia 19.

FOTO: Janine Nidermeyer/Olá Jornal

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