Alliance One projeta qualidade e destaca diferenciais da nova safra de tabaco que está no campo

Olá Jornal
setembro24/ 2022

A maior empresa de tabaco do município projeta a nova safra que está no campo. Alcançar um bom resultado com o plantio antecipado, com qualidade elevada, e o aumento da área plantada são algumas das expectativas. De acordo com o diretor de Produção de Tabaco, Samuel Streck, o bom resultado da safra passada motivou o produtor a aumentar a área. Um movimento importante, mesmo que em pequena proporção, após anos de redução na área plantada.

Samuel Streck: a cada safra uma nova história começa

O plantio está antecipado devido a previsão de La Niña, o que levou ao novo planejamento. “O produtor está produzindo sua muda mais cedo, tentando plantar mais cedo para que a colheita aconteça antes do período onde o La Niña tende a se confirmar de maneira mais forte. Isso se traduz em estiagem, o que é muito prejudicial tanto para a produtividade quanto para a qualidade”, explica.

A antecipação não vai interferir na comercialização e no processamento, pois trata-se de uma estratégia do produtor respeitando a janela recomendada de semeio, de plantio em cada área de produção. O ciclo total de sete meses como um ciclo normal da produção, desde o semeio até o término da colheita, deve ser mantido.

Já uma prática que deve se repetir é a comercialização das folhas soltas, sem a necessidade de formação de manoca. Novidade na safra anterior, a não realização dessa atividade agilizou o trabalho do produtor e reduziu a mão de obra. “Não é uma certeza. Precisamos primeiro que os nossos clientes nos confirmem se eles vão continuar aprovando que o tabaco seja processado sem a manoca, mas é um indicativo. Por na safra passada a gente ter conseguido produzir o tabaco e colocado na caixa dentro dos requisitos que o cliente nos exigiu, existe sim uma expectativa que isso possa permanecer”.

CUSTO E MERCADO
Diferente da safra passada, o custo de produção será impactado pelo aumento dos fertilizantes provocado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. “Isso vai requerer do produtor um cuidado e uma atenção ainda maior no custo de produção de outras atividades tentando manter sua propriedade autossustentável em lenha, racionalizando o uso da mão de obra e outras atitudes como a própria questão da energia elétrica”, recomenda Samuel.

Mesmo assim, o produtor deverá colher bons resultados. “Nossa expectativa é de que mantendo um nível alto de produtividade e de qualidade, ele tem todas as condições de obter um bom resultado novamente na safra 2023”.

Em relação aos estoques globais, ainda não há clareza sobre o cenário. No entanto, a movimentação dos clientes na última safra indica que houve alguma redução favorecendo a comercialização. “A gente como é fornecedor não tem visibilidade tão clara de como está essa situação dos estoques dos nossos principais clientes, mas o movimento que eles fizeram não só no Brasil mas em outros países buscando o tabaco, claro sempre também procurando qualidade e preço, nos leva a acreditar que houve sim uma redução desses estoques nada significativo mas que de algum modo também favoreceu ao cenário de preço e comercialização iniciado na safra 2022”.

SISTEMA INTEGRADO
O diretor de Produção de Tabaco da Alliance One, coloca o Sistema Integrado de Produção como o grande diferencial da produção de tabaco no Brasil porque traz segurança para o produtor, para a indústria e ao cliente. “Traz benefícios para todos os elos dessa cadeia. Em 2020 com excesso de produção e uma demanda mais baixa, o sistema integrado acabou sendo um fator positivo para o produtor porque ele conseguiu garantir que aquilo que estava no contrato dele fosse comprado pelas empresas, mesmo sem existir a demanda por aquele volume”, lembra.

Filho de produtores de tabaco, para Samuel, uma nova safra representa uma nova história. “Cada safra é sim uma nova história e ela nunca se repete. E é isso que nos dá essa sensação sempre de otimismo, de vontade de encarar esse novo desafio. Essa ideia que eu vou enxergar algo ali na frente que eu não vivi em nenhuma das minhas outras 19 safras como engenheiro agrônomo atuando entro do setor”, conclui.

FOTO: Divulgação

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