O tabaco em folhas lidera a lista dos produtos mais exportados pelo Rio Grande do Sul. Entre janeiro e abril deste ano, as vendas externas da commodity movimentaram US$ 761,3 milhões, superando itens tradicionais da pauta exportadora estadual, como soja e trigo. O valor representa um crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2024, quando o setor gerou US$ 665 milhões em exportações. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), mais de 112,7 mil toneladas de tabaco em folha foram embarcadas para o mercado internacional, consolidando o produto como o principal motor do comércio exterior gaúcho no início de 2025.
O desempenho reforça a importância econômica da cultura do tabaco, especialmente nas regiões do Vale do Rio Pardo e do Vale do Taquari, onde se concentram a maior parte da produção e do beneficiamento do produto no estado.
Na segunda colocação aparece a soja, com US$ 426,7 milhões exportados e mais de 1 milhão de toneladas embarcadas. O trigo ficou na terceira posição, com 1,5 milhão de toneladas exportadas e uma receita de US$ 353,6 milhões.
Outros produtos que se destacaram no período foram as pastas químicas de madeira (US$ 330,5 milhões), os resíduos da extração de óleo de soja (US$ 320,7 milhões) e os polímeros de etileno (US$ 205,3 milhões).
O bom desempenho do tabaco e de outros produtos agrícolas ilustra a força do setor agroindustrial na balança comercial do estado, que também demonstra diversidade ao incluir itens industrializados, como veículos, calçados, carnes e derivados do petróleo.
DESEMPENHO
No consolidado do primeiro quadrimestre, o Rio Grande do Sul exportou US$ 6,1 bilhões, um crescimento de 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações totalizaram US$ 4,02 bilhões, com leve alta de 0,5%. Com isso, o estado registrou um superávit comercial de US$ 2,09 bilhões, e a corrente de comércio (soma de exportações e importações) atingiu US$ 10,13 bilhões, avanço de 2,9% na comparação com 2024.
O Rio Grande do Sul manteve-se na 7ª posição no ranking nacional de exportações, com 5,99% de participação nas vendas externas brasileiras, e também ocupou o 7º lugar nas importações, representando 4,49% do total nacional. Os dados evidenciam a robustez da economia gaúcha no comércio exterior, impulsionada pela combinação de produção agrícola, indústria de transformação e presença internacional.