A remuneração média dos trabalhadores formais de Venâncio Aires atingiu R$ 3.435,60 em 2024, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego em maio deste ano. O valor representa um crescimento de 0,57% em relação a 2023, quando a média era de R$ 3.416,14.
No recorte por setor, a indústria permanece com a maior remuneração média do município, com alta de 2,06%, passando de R$ 3.694,57 para R$ 3.770,84. A construção civil teve aumento de 2,68% na média salarial, enquanto a agropecuária registrou a maior variação percentual positiva, de 5,15%. Já os setores de serviços (-0,25%) e comércio (-0,39%) apresentaram pequenas quedas no rendimento médio.
O número total de vínculos formais em Venâncio Aires também cresceu, saindo de 16.682 em 2023 para 17.135 em 2024.
RS E BRASIL
Apesar do crescimento, a remuneração média de Venâncio Aires ainda está abaixo das médias registradas no Rio Grande do Sul e no Brasil. No estado, a média salarial foi de R$ 3.809,87, aproximadamente 10,9% superior à do município. Já em nível nacional, a remuneração média real foi de R$ 3.706,90, 7,9% acima do valor registrado em Venâncio Aires.
Enquanto a Capital do Chimarrão tem a indústria como setor de maior rendimento, o mesmo ocorre no Brasil, com uma média de R$ 4.381,18, seguida pelos serviços (R$ 3.908,67). No Rio Grande do Sul, o setor de serviços lidera com R$ 4.157,64. Os setores de comércio e construção também apresentam diferenças relevantes. Enquanto a construção civil paga em média R$ 2.764,92 em Venâncio Aires, as médias no Rio Grande do Sul (R$ 3.340,21) e no Brasil (R$ 3.302,86) são superiores. Já o setor agropecuário, que em Venâncio Aires teve crescimento expressivo, ainda apresenta rendimento menor do que a média nacional (R$ 3.361,92 contra R$ 2.886,30 no Brasil).
CÁLCULO
A remuneração real média considera o rendimento bruto efetivamente recebido no mês de referência em todos os trabalhos que as pessoas ocupadas tinham na semana pesquisada. Esse valor é corrigido pela inflação, utilizando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como deflator, a preços do mês central do trimestre mais recente divulgado.
Esse critério é importante porque permite analisar a evolução do poder de compra dos trabalhadores ao longo do tempo, eliminando distorções causadas pelas variações dos preços.
Dessa forma, é possível avaliar se os salários estão acompanhando a inflação e se o poder de compra da população está aumentando ou diminuindo.