As receitas geradas na agricultura de Venâncio Aires com produção de proteína representam 29,6% do total movimentado no setor primário em 2022. A estimativa é do escritório local da Emater/Ascar que faz o acompanhamento do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBPA). No total o agro venâncio-airense gerou R$ 494,31 milhões, sendo que desta total, 67% são oriundos da produção de tabaco (R$ 273,8 milhões), que neste ano teve valorização.
Entretanto, as produções de proteínas concentraram R$ 145,6 milhões. Entram na base de cálculo a produção de aves, suínos, bovinos, leite, ovos e mel. Somente a avicultura movimentou mais de R$ 74,05 milhões, o melhor resultado financeiro desde o início da série de acompanhamento em 2005.
A produção representa sozinha 10,35% do total movimentado pelo setor agrícola do município. Este montante foi possível com o início de atividades de novos condomínios para a produção de frangos. Este setor deve seguir crescendo, já que estão previstos pelo menos 10 novos espaços de criação no município até o fim do próximo ano.
Na sequência aparece a produção de suínos, que no território venâncio-airense gerou R$ 38,11 milhões em receitas. A produção foi impactada pelo alto custo produtivo e desaceleração do mercado. Com isso, não alcançou os resultados de 2021, quando foram movimentados mais de R$ 55,82 milhões, a melhor receita gerada no setor desde 2005.
Na terceira posição está a produção de bovinos, que ao longo do ano gerou mais de R$ 15,69 milhões. A cadeia leiteira da cidade gerou R$12,74 milhões aos produtores, representando 1,46% do VBPA. Esta cultura também reduziu a participação em um ano, já que em 2021 foram R$ 14,56 milhões gerados.
A produção de ovos em Venâncio Aires teve o melhor resultado anual desde 2005. Ao longo do período foram gerados mais de R$ 4,53 milhões, representando 0,49% do total de receitas agrícolas do município. Até então, 2015 era o principal ano desta produção, com R$ 2,27 milhões gerados.
O mel movimentou em 2022 mais de R$ 561,32 mil, o valor não chega perto do total gerado em 2021. Naquele ano, vendas para outros estados e cooperativas fizeram a cultura registrar números recordes, com mais de R$ 6,40 milhões em vendas.
PERDA
O alto custo produtivo e a valorização do tabaco na última safra fizeram o polo da proteína perder espaço no setor agrícola de Venâncio Aires. A redução frente ao ano passado é de 8,59%. Em 2021 juntas as seis principais culturas de proteínas no setor primário venâncio-airense geraram mais de R$ 159,2 milhões.
Os dados ainda são provisórios e poderão sofrer ajustes, já que o processo de comercialização das safras de verão termina no primeiro trimestre de 2023.
Foto: Leandro Osório/AI PMVA