Maus-tratos aos animais, cortes de vegetação e terrenos sujos são as principais denúncias recebidas pelos fiscais ambientais em Venâncio

Olá Jornal
junho13/ 2022

A Semana do Meio Ambiente segue em Venâncio Aires até o próximo sábado, 11. O período coloca em destaque debates que envolvem a proteção ecológica no âmbito local. Dentro deste contexto estão as fiscalizações que buscam manter as áreas de preservação, fauna, água e ar, de forma segura para toda a população.

Os casos de infrações envolvendo o Meio Ambiente são direcionados ao setor de Fiscalização da Semma. Segundo a fiscal Carin Gomes, as principais demandas fiscalizadas, a partir de denúncias, envolvem maus-tratos de animais, terrenos sujos, cortes de vegetação nativa, interferências em APP’S (Áreas de Preservação Permanente).

“Com as alterações no sistema de coleta de resíduos neste ano, estamos recebendo mais atipicamente denúncias de descarte irregular de resíduos nos passeios públicos, porém acreditamos que será algo passageiro durante esse período de adaptação da população às mudanças ocorridas,” comenta.

Conforme a profissional, ao longo deste ano já foram encaminhadas cerca de 200 notificações envolvendo possíveis crimes ambientais. Após apuração, podem ser emitidas infrações pelo ato ou notificar proprietários ou envolvidos. Ao longo de 2021 foram 500 documentos expedidos envolvendo infrações ambientais no município. “Continuamos recebendo um número elevado de denúncias, que agora chegam com maior facilidade pelo canal do whatsapp,” explica.

Além das denúncias de possíveis irregularidades ambientais, que podem ser encaminhadas pelo telefone/whats (51) 99791-1840, a secretaria tem realizado análise dos mapas de áreas verdes, a partir de ferramentas de georreferenciamento.

“Desde o ano passado também está sendo utilizado o recurso MapBiomas para apuração de infrações ambientais relacionadas a corte de vegetação, o que aumentou a demanda de vistorias deste tipo, pois não há dependência apenas de denúncias para sabermos onde estão ocorrendo supressões,” destaca Carin.

Chuva retorna nesta semana na região, com elevação das temperaturas

Olá Jornal
junho13/ 2022

Os dias seguem com amanhacer gelados até quarta-feira, 15. Na quinta-feira, 16, feriado, a chuva retorna para a região. A sexta também será de pancadas de chuva. E o próximo fim de semana será de nebulosidade.

Nesta segunda, A massa de ar polar segue definindo as condições do tempo. O dia começa com temperaturas baixas e geada, principalmente nos pontos mais altos da Região. Porém, assim que o sol aparece, a sensação de frio diminui e garante uma tarde agradável. À noite faz frio. A mínima fica em 4ºC e a máxima alcança os 19ºC.

Na terça, o tempo permanece firme e ensolarado na Região. Ainda faz frio no começo do dia e não se descarta a formação de nevoeiro. Mas as temperaturas sobem de forma gradativa e a tarde será bem agradável. Ainda há chance de gear ao amanhecer, sobretudo nas cidades mais elevadas da Região. A mínima fica em 7ºC e máxima alcança os 23ºC.

A quarta-feira, 15, o sol aparece com poucas nuvens. As marcas oscilam entre 9ºC e 24ºC. Na quinta-feira, o sol aparece, com nebulosidade variada e pancadas de chuva devem ocorrer até o fim do dia. A temperatura varia entre 11ºC e 26ºC.

A sexta-feira, 17, será de tempo nublado, com pancadas de chuva, A mínima fica em 13ºC e a máxima alcança os 19ºC. O sábado será de sol com nebulosidade variada. As marcas variam entre 9ºC e máxima de 16ºC.

Agência do Sine em Venâncio possui mais de 50 oportunidades de empregos

Olá Jornal
junho13/ 2022

A agência de Venâncio Aires da FGTAS/Sine possui 53vagas de empregos abertas em diversas áreas, em empresas do município e também na região. As oportunidades foram atualizadas no último dia 10 de junho.

Os candidatos podem procurar a agência que fica na Osvaldo Aranha, 1004, ou ainda, obter mais informações pelo telefone 51 2183 0742 (também whatsapp), de segundas a sextas-feiras, das 8 horas ao meio-dia e das 13h30min às 16h30min.

 ENCAMINHAMENTOS 

A agência local do Sine também fará o encaminhamento de currículos para a Calçados Beira Rio, em Santa Clara do Sul. O direcionamento de candidatos inicia nesta segunda-feira, 13. Serão 30 vagas. As entrevistas com os interessados ocorrem na agência local a partir do dia 14. Os candidatos devem trazer a carteira de trabalho e documento pessoal.  

CONFIRA AS OPORTUNIDADES DESTA SEMANA

ABATEDOR DE AVES:

Não necessita experiência

APLICADOR DE PELÍCULA:

Força de vontade

Conhecimento na área

ARRECADADOR:

Ensino médio completo

Informática básica

Experiência com atendimento ao público

Experiência com cobranças.

ATENDIMENTO:

Necessita experiência em atendimento

Proativo e de boa comunicação

Vaga para Padaria

AUXILIAR CONTÁBIL:

Experiência no setor contábil e pacote office

Conhecimento no sistema SAGE será um diferencial

Ter condução própria

Estar cursando ou ter concluido a faculdade de Ciências Contábeis

AUXILIAR DE CORTE:

Experiência e força de vontade

Vaga para o 2º turno

AUXILIAR DE COZINHA:

Experiência na função

CNH AB

Controlar a qualidade e quantidades de porções enviadas para distribuição das preparações prontas, colaborar com a limpeza, higienização e organização do local de trabalho.

AUXILIAR DE COZINHA JR.:

Ensino fundamental completo

Experiência será um diferencial

AUXILIAR DE ESTAMPARIA:

Experiência e força de vontade

Vaga para o 2º turno

AUXILIAR DE INSTALAÇÃO DE AR CONDICIONADO:

Experiência será um diferencial

Irá auxiliar o instalador no que for pedido. Precisa se deslocar até Teutônia no início da semana, onde que passará a semana em outra cidade, dormindo em hotéis com café, almoço e janta pagos pela empresa.

AUXILIAR DE LIMPEZA:

Ensino fundamental completo

Com experiência na função

AUXILIAR MECÂNICO:

Curso básico em mecânica e manutenção

Ensino médio completo

Conhecimento em Pacote Office

Possuir CNH B

AUXILIAR DE PADARIA:

Experiência na função

AUXILIAR DE PEDREIRO:

Necessita experiência na área

AUXILIAR DE PRODUÇÃO:

Ensino fundamental completo

Experiência em metalúrgica será um diferencial

Comprometimento

AUXILIAR DE PRODUÇÃO:

Ensino médio completo ou cursando

AUXILIAR DE PRODUÇÃO:

Ensino fundamental completo

Não necessita experiência

Irá realizar serviços dentro da fábrica, na fabricação de artefatos de cimento.

AUXILIAR DE PRÓTESE DENTÁRIA:

Necessita curso na área (pode estar cursando)

Desejável experiência na área.

Acrilização, montagem e fundição de próteses.

AUXILIAR DE SAÚDE BUCAL:

Necessita curso na área (ASB)

BALCONISTA:

Ensino médio completo

Vaga para farmácia

BALCONISTA/ATENDENTE:

Ensino médio completo (desejável)

Desejável experiência na área

Vaga para agropecuária.

CAIXA:

Ensino médio completo

Vaga para farmácia

CAIXA:

Ensino médio completo

Necessita experiência na função

Irá realizar caixa, atendimento ao cliente (venda), organização da loja.

CONSULTOR DE VENDAS:

Ensino médio completo

Experiência em vendas

CNH B

COSTUREIRA:

Com experiência na área

COSTURA DE OVERLOK, RETA, GALONEIRA, ELASTIQUEIRA E FECHADEIRA:

Experiência, organização, comprometimento com a qualidade da produção.

Empresa no ramo de costura

COSTURA (Confecções):

Com experiência

CONSULTOR DE NEGÓCIOS:

Ensino Médio Completo

Experiência em vendas será um diferencial

ELETRICISTA (AUXILIAR):

Ensino Médio Completo

CNH B

Disponibilidade para viagens

Curso NR10 e N35

Curso na área de elétrica

Experiência na área

Empresa de Cruzeiro do Sul – RS

ELETRICISTA MONTADOR:

Ter experiência registrada na carteira

Ensino médio completo

EMPACOTADOR (PCD):

Não necessita experiência.

GERENTE:

Ensino médio completo

Experiência com gestão de pessoas

Experiência em vendas

GERENTE:

Ensino médio completo

Experiência na função

LIMPEZA INDUSTRIAL:

Vaga para empresa fumageira

Turno da noite

Necessita transporte próprio

MECÂNICO AUTOMOTIVO:

Com experiência na área

MECÂNICO DE MANUTENÇÃO:

Experiência, organização, comprometimento com a qualidade da produção.

Empresa no ramo de costura

MOTORISTA DE TRATOR:

Necessita experiência na área

OPERADOR DE CAIXA:

Ensino médio completo

Experiência na função

OPERADOR DE CAIXA:

Ensino médio cursando/completo

OPERADOR DE ESCAVADEIRA:

Necessita experiência na área

OERADOR DE RETROESCAVADEIRA:

Necessita experiência na área

ORÇAMENTISTA TÉCNICO:

Ensino técnico em Eletrotécnica ou Mecatrônica ou ensino superior na área.

CNH B

Será responsável por realizar levantamentos técnicos, definições de soluções e elaboração de propostas técnicas e comerciais.

PEDREIRO:

Necessita experiência na área

PORTEIRO:

Com ou sem experiência

Disponibilidade de horário

Conhecimento em informática

REVISOR (A) :

Experiência, organização, comprometimento com a qualidade da produção.

Empresa no ramo de costura

SECRETÁRIA:

Conhecimento em informática

Disponibilidade de horários.

TÉCNICO DE REDE EXTERNA:

Ensino médio completo

Experiência na função

CNH B

VAGA PCD (serviços gerais):

Vaga para loja do comércio varejista.

VENDEDORA / CAIXA:

Ensino médio completo

VENDEDOR:

Ensino médio completo

Não necessita experiência

VENDEDORA:

Ensino médio completo

Experiência na função

VENDEDOR(A):

Ensino médio completo

Se possuir experiência será um diferencial

Boa comunicação, vontade de aprendizado e trabalho em equipe.. Disponibilidade de horário.

VENDEDOR INTERNO:

Ensino médio completo

Ter experiência na área de vendas de peças, máquinas stihl e Makita será um diferencial.

Habilidade comercial e de trabalhar em equipe

Possui CNH B

Trabalho infantil: lideranças ligadas a iniciativas que combatem o problema falam sobre perspectivas

Olá Jornal
junho11/ 2022

Há no mundo, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de 2020, cerca de 160 milhões de jovens em situação de trabalho infantil, o que impacta diretamente no seu desenvolvimento físico, psicológico e educacional.

No Dia Mundial da Luta Contra o Trabalho Infantil (12 de junho), lideranças ligadas a iniciativas que visam combater o problema falam sobre a situação atual e perspectivas. Devido à pandemia de COVID-19, notou-se uma estagnação na tendência de queda percebida entre 2000 e 2016, que apontava a redução em 94 milhões de crianças inseridas no trabalho infantil. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o desfavorecimento socioeconômico pós-pandemia tenha contribuído para o agravamento da situação.

Para a Japan Tobacco International (JTI), responsável pelo programa Alcançando a Redução do Trabalho Infantil Pelo Suporte à Educação (ARISE), que desenvolve e implementa atividades que progressivamente diminuam o trabalho infantil no campo, e para o Instituto Crescer Legal, que oferece alternativas às crianças e adolescentes rurais, sobretudo na área educacional, há consenso de que a educação é pauta prioritária nas ações de combate ao trabalho infantil.

Para tratar do assunto, conversamos com Marinês Kittel, supervisora de Projetos Sociais da Japan Tobacco International (JTI), Flavio Goulart, diretor de Assuntos Corporativos & Comunicação da JTI e Nádia Fengler Solf, gerente do Instituto Crescer Legal, iniciativa do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) para combate ao trabalho infantil.

Segundo a OIT e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o trabalho infantil teve um aumento pela primeira vez em duas décadas. Como as organizações preocupadas com o problema enfrentam o desafio de reverter essa tendência?

Marinês – Otrabalho infantil no campo é complexo e não se resolve apenas pelas ações pontuais de empresas, em que pesem os investimentos e esforços dedicados à conscientização, educação das crianças e profissionalização dos jovens. Esse trabalho é de uma rede de agentes, que precisa se mobilizar e atuar em ações conjuntas. O sucesso na erradicação do trabalho infantil depende da compreensão de suas causas, dos motivos que levam ao problema, e do envolvimento e da colaboração de várias partes interessadas, o que inclui as três esferas do governo, os sindicatos de empregadores e trabalhadores, a sociedade civil, o Ministério Público e as comunidades impactadas

Pesquisas apontam que há uma tendência de crianças e jovens trabalharem ao lado de suas famílias como forma de aumentar a renda familiar ou de resolver o problema de onde deixar as crianças durante o trabalho dos pais no campo. O que pode e já vem sendo feito para coibir essa prática?

MK – A JTI atua fortemente na conscientização dos produtores integrados quanto à ilegalidade da utilização de trabalho infantil na cadeia produtiva de tabaco, reportando às autoridades competentes as irregularidades que são constatadas no campo, atendendo ao Termo de Compromisso/Acordo firmado entre empresas associadas ao Sinditabaco e o Ministério Público do Trabalho. Como setor, também atuamos na aprendizagem por meio do Instituto Crescer Legal, onde jovens do ensino médio participam de aulas de contraturno. As empresas vêm se estruturando e inserindo ações de sustentabilidade onde um dos pilares é o social e aqui, o trabalho infantil. O Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes, criado para assegurar e fortalecer a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por meio da articulação entre Estado, famílias e sociedade civil, tem um papel fundamental no enfrentamento à violação, assim como o poder público. A sociedade civil precisa contribuir porque combater o trabalho infantil é um dever de todos os cidadãos e acreditamos que a informação e a mobilização são ferramentas essenciais, principalmente quando temos o engajamento da Rede de Proteção do Direitos da Criança e Adolescente.

Ainda de acordo com levantamento da OIT, a pandemia de COVID-19 poderá levar outras 8,9 milhões de crianças e adolescentes a ingressar no trabalho infantil no mundo até o final de 2022. Como programas dedicados à diminuição do trabalho infantil no mundo, como o ARISE (programa Alcançando a Redução do Trabalho Infantil pelo Suporte à Educação) se organizaram diante desse cenário para lidar com o problema? Quais os principais desafios?

MK – Pesquisas apontam que as principais causas do trabalho infantil no Brasil são pobreza, má qualidade da educação e questões culturais. Cientes disso, precisamos reforçar e incentivar o avanço na desconstrução dos mitos que ainda envolvem o tema. É preciso focar na educação, crianças precisam estar mais tempo na escola, local de formação do ser humano. As experiências por meio dos nossos projetos nos mostram que, enquanto a criança ou o jovem está na escola, está longe da exploração do trabalho infantil e buscando conhecimento, preparando-se para o futuro. Para jovens do meio rural, o maior desafio é ter a possibilidade de cursar um ensino médio voltado para assuntos da agricultura e aqui reforço que temos várias oportunidades nos três Estados do Sul do Brasil, que são as Escolas Família Agrícola (já com a possibilidade de Aprendizagem), Escolas Técnicas, Casas Familiares Rurais e o Instituto Crescer Legal, já citado anteriormente. Então, é necessário atrair o jovem para a escola e mostrar a importância do estudo e do conhecimento para um futuro digno.

No Brasil, o Congresso está analisando a votação da PEC nº 18/2011, que propõe reduzir para 14 anos a idade mínima para trabalhar. Atualmente, a contratação de adolescentes de 14 a 16 anos só está autorizada na modalidade de aprendizagem profissional. Caso aprovada, quais seriam os impactos dessa mudança para o jovem rural? Qual seria o caminho para minimizar esses impactos?

MK – Tenho como princípio que o estudo é imprescindível para a criança e o jovem em qualquer parte e na agricultura não é diferente. Seria uma desconstrução do que está sendo realizado até então. Segundo o Plano Nacional de PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e Plano Nacional de Proteção ao Adolescente Trabalhador, o trabalho precoce alimenta um ciclo de miséria e destrói sonhos, prejudica a aprendizagem da criança, quando não a tira da escola e a torna vulnerável em diversos aspectos, incluindo a saúde, exposição à violência, assédio sexual, esforços físicos intensos, acidentes com máquinas e animais no meio rural, entre outros.
Incentivar o trabalho e desestimular o estudo e a frequência na escola mantém os altos graus de desigualdade social. O mito de que “só se aprende trabalhando” não é verdade, pois há profissões que o indivíduo precisa estudar muito antes de trabalhar e não é diferente na agricultura. Por isso, para trabalhar enquanto adulto, precisa se preparar enquanto criança e jovem. Precisamos sair do olhar do senso comum e investir mais em informação e dados.

Que medidas são adotadas pela JTI para diminuir o trabalho infantil?

Flávio – A JTI adota uma série de medidas que nos permite fiscalizar as práticas realizadas nas lavouras, além de criar programas que contribuem à erradicação do trabalho infantil no campo. Possuímos um ciclo de investimento social composto por três etapas, que são as Práticas de Trabalho na Agricultura, que consiste na identificação de riscos aos direitos humanos em toda a nossa cadeia de valor; o programa ARISE (Alcançando a Redução do Trabalho Infantil pelo Suporte à Educação), que é um grande laboratório de práticas sociais para prevenção e erradicação do trabalho infantil nas lavouras de tabaco; e o Nossas Comunidades Rurais, que serve como um multiplicador dos resultados das duas etapas anteriores.

No ARISE, a parceria com as Escolas Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (EFASC) e de Vale do Sol (EFASOL) viabiliza a aprendizagem rural, permitindo que jovens em situação de vulnerabilidade social venham a ser aprendizes nas instituições parceiras.

Essas instituições utilizam a metodologia da Pedagogia da Alternância, que garante a permanência dos jovens nas escolas enquanto eles têm a oportunidade de relacionar os estudos com a vivência protegida e supervisionada no ambiente socioprofissional, que ocorre na propriedade da família ou na comunidade.

Por que as políticas públicas ligadas à Lei de Aprendizagem não são suficientes para evitar que o jovem rural saia das escolas e ingresse precocemente no trabalho?

Flávio – Infelizmente, as políticas públicas de incentivo à educação alcançam jovens somente até seus 14 anos. A partir desta idade, as transformações inerentes ao seu crescimento, tanto na sua compleição física quanto nas suas novas necessidades de consumo, o deixam em situação muito vulnerável ao trabalho precoce.

Sabemos que a mudança nas diretrizes das políticas públicas passa por um caminho longo e burocrático e não há tempo para negligenciar a questão. Por essa razão, estamos constantemente focados em intensificar as ações e estabelecer novas parcerias.

O Instituto Crescer legal, fundado em 2015, é uma iniciativa do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e suas empresas associadas que compartilhavam da preocupação com as perspectivas – ou a falta delas – para os jovens no campo e sua inserção precoce no trabalho.

Como a aprendizagem voltada ao desenvolvimento desses jovens acaba se tornando a pauta prioritária da ação de combate ao trabalho infantil?

Nádia – Ao se combater o trabalho infantil na faixa etária da adolescência é fundamental ir além da conscientização acerca do conceito de trabalho infantil. É preciso oferecer alternativas a esses jovens, valorizando em primeiro lugar a escola, mas também complementar com outras possibilidades que contribuam com sua preparação para o mundo do trabalho e a geração de renda. É um momento importante de seu desenvolvimento, em que busca inserção em grupos, à medida que está em um processo de desenvolvimento, de transição da infância para a fase adulta, passando, portanto, a assumir novas responsabilidades, inclusive da gestão da própria vida, de seus sonhos, expectativas e escolhas para o futuro.

Nesse sentido, a aprendizagem profissional tem se mostrado uma excelente alternativa por meio da Lei da Aprendizagem, que é uma política pública efetiva aqui no Brasil porque contempla requisitos como a frequência escolar e o necessário engajamento do jovem tanto nas atividades escolares como, no outro turno, nas atividades da aprendizagem profissional. Essa vivência representa muito mais do que uma primeira experiência profissional; ela oferece também um desenvolvimento pessoal e de competências comportamentais fundamentais para que ele esteja melhor preparado para o mundo do trabalho.

No meio rural há pouquíssimas oportunidades de aprendizagem profissional e o Instituto Crescer Legal, fundado em 2015, viu na lei de aprendizagem a grande possibilidade de atuar frente às questões do adolescente no campo, dos filhos dos produtores e trabalhadores na cultura do tabaco.

O Programa de Aprendizagem Profissional Rural e o Nós por Elas estão entre os principais projetos promovidos pelo Instituto. Qual a importância de cada um deles para o desenvolvimento do jovem no campo?

Nádia – O nosso Programa de Aprendizagem Profissional Rural por meio do curso de gestão rural e empreendedorismo tem sido reconhecido em âmbito nacional como uma prática efetiva, com resultados muito promissores, tanto de oportunizar atividades teóricas e práticas no ambiente do curso de aprendizagem, como na sua preparação para que se veja como um cidadão do campo, capaz de fazer a diferença já durante sua adolescência e juventude e que tenha horizontes ampliados em relação às possibilidade de escolha para seu futuro.

É dada a ele, inclusive, a possibilidade de enxergar o meio rural como uma escolha promissora, seja empreendendo junto à propriedade da família, visualizando outras formas de gestão da propriedade com diversificação, de gestão de recursos financeiros, consciência acerca dos recursos naturais e melhores condições de trabalho.

Diante dessa consciência, ele passa a ser um agente de transformação, individual ou da família e da comunidade como um todo, assumindo posições de liderança, se engajando em atividades comunitárias e associativas, dando continuidade à sua educação formal em busca de cursos técnicos e graduação.

Esse desenvolvimento se estende mesmo após a conclusão da etapa de aprendizagem profissional. Há um acompanhamento periódico dos egressos para que possam dar continuidade e implementar seus projetos elaborados durante aprendizagem curso. Essa nova etapa conta também com o apoio de parceiros, como por exemplo da JTI, por meio do programa Jovem Empreendedor Rural. O fato é que os jovens continuam muito próximos do Instituto e de sua equipe, cultivando uma referência positiva na sua caminhada de desenvolvimento.

O Nós por Elas – A voz feminina do campo é um programa próprio do Instituto Crescer Legal voltado às egressas do Programa de Aprendizagem. Com cinco edições, desde 2017, é uma parceria do Instituto com a Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). No programa, as meninas aprofundam temas referentes às questões da mulher no meio rural, como questões de gênero, as dificuldades que a mulher e a jovem do meio rural enfrentam no seu dia-a-dia, além de abordar caminhos possíveis para seu melhor desenvolvimento. A busca por qualificação, construção de outros espaços no meio rural, seja como gestora da propriedade familiar, ou como líder na comunidade ou mesmo em instituições voltadas ao campo, como líderes sindicais.

Durante três meses, com a mediação de uma educadora social do Instituto, as egressas discutem em grupo e aprofundam temáticas. Também conhecem ferramentas da Comunicação Social por meio de professores e técnicos da universidade parceira. Assim, passam a elaborar roteiros de programas de rádio, identificação de fontes e gravação de entrevistas, gravam os programas no estúdio da universidade. Os boletins produzidos são veiculados em rádios por parceiros como a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e Sindicatos, além de agência de notícias e na Internet.

O Nós por Elas é um programa bastante transformador e multiplicador dessa mensagem das mulheres do campo, por meio das vozes das meninas que são de diferentes localidades do meio rural do Sul do Brasil.

CRÉDITO: AI JTI

Assemp apresenta as 12 candidatas a soberanas
da 37ª Oktoberfest e Feirasul na segunda-feira

Olá Jornal
junho11/ 2022

A Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), parceira do Município na realização da Oktoberfest, vai apresentar, na próxima segunda-feira, 13 de junho, as 12 candidatas que concorrem aos títulos de Rainha e Princesas da 37ª Oktoberfest e Feirasul, no dia 3 de julho (domingo), às 18 horas, no Ginásio Poliesportivo do Parque da Oktoberfest.

“Encerramos as inscrições nesta sexta-feira, com 12 lindas candidatas inscritas. Temos certeza que será um grande evento”, destacou a presidente da Coordenação Executiva da 37ª Oktoberfest, Roberta Pereira. O evento de apresentação à imprensa ocorre em frente ao Parque da Oktoberfest, às 16 horas.

A partir da divulgação das candidatas, se inicia o processo de preparação para o concurso, envolvendo encontros, palestras e ensaios de passarela. “A programação que antecede o concurso, embora não seja válida como nota para a escolha, é muito importante para a integração e envolvimento das candidatas com a festa”, enfatiza Roberta.  As eleitas, que vão suceder a rainha Luana Terezinha Rech e as princesas Amanda Angélica Beckenkamp e Renata Maria Müller, receberão como premiação um título de capitalização no valor de R$ 10 mil (rainha) e R$ 5 mil (cada princesa).

CRÉDITO: Four Comunicação

Manifestação no pedágio de Cruzeiro do Sul mobiliza usuários da RSC-453 na manhã deste sábado

Olá Jornal
junho11/ 2022

A manhã gelada deste sábado, 11, não afastou os manifestantes no pedágio de Cruzeiro do Sul na RSC-453. O grupo organizou a mobilização em conjunto com a do pedágio de Encantado na ERS-130. Na pauta, no novo plano de concessões que manteria a praça nos locais já existentes, por mais 30 anos, as condições da rodovia e o preço das tarifas.

No ato de Cruzeiro do Sul participaram moradores de Venâncio Aires, entre eles o suplente de vereador Adão Viana, e o vereador do PSB, Elígio Weschenfelder.

Não ocorreram bloqueios na via ao longo da manhã, medida acordada pelos manifestantes com o Comando Rodoviário da Brigada Militar.

O fim da mobilização ocorrerá em encontro no trevo de acesso a BR-386, entre os manifestantes que ocuparam a as praça de Encantado e Cruzeiro do Sul.

Prefeito de Cruzeiro do Sul, João Dullius (direita) acompanhou a mobilização neste sábado

ALTERNATIVA

Sem a revisão do plano inicial de concessão, lideranças políticas seguem discutindo com o Estado mudanças, em especial no plano de investimentos pelos próximos 30 anos, isenções e localização das praças.

O prefeito de Cruzeiro do Sul, João Henrique Dullius (MDB), destacou que o Município mantém articulação com o Estado e se não houver mudanças no pacote de concessões, alternativas são estudadas para desvio em localidades próximas ao posto de cobrança. “Estamos avaliando a legalidade e formas de fazer. Não descartamos buscar uma compensação financeiro do Estado e direcionar para os moradores como isenção do pedágio, ou um desvio. Seguimos discutindo com o governo estadual”.

Empresários do Vale do Taquari, prefeitos e vereadores também pressionam o governo gaúcho para mudar o modelo de concessão das rodovias estaduais do bloco 2, que fará a ligação dos Vales com a região serrana, inclusive com aumento no número de praças de pedágio.

Venâncio Aires contabiliza este ano seis casos de trabalho infantil

Olá Jornal
junho11/ 2022

Uma ampla rede de atendimento é mobilizada e está em constante treinamento para ajudar no combate ao trabalho infantil. O assunto ainda é tabu na sociedade, mas precisa ser debatido e dúvidas devem ser sanadas. Entre janeiro e abril deste ano a rede de assistência social da Prefeitura de Venâncio Aires registrou seis casos de trabalho envolvendo crianças ou adolescentes. Em quatro anos, entre 2018 e 2021, foram 56 casos do tipo.

Os registros envolvem crianças que exerciam funções em busca de renda, com abandono escolar. Neste ponto, o poder público é mobilizado, já que a legislação protege esta faixa etária, garantindo suporte na educação e crescimento saudável. Apesar dos mais de 60 registros, os números podem ser maiores, já que durante a pandemia houve subnotificação de casos.

“Foi no período da pandemia também, já que as aulas presenciais foram suspensas, que ocorreram mais denúncias, especialmente envolvendo crianças atuando no recolhimento de materiais recicláveis,” destaca a assistente social do Departamento de Gestão do Sistema Único de Assistência Social (Suas), Daiane Führ.

A partir da identificação do caso, que possa configurar em trabalho infantil, é realizada a busca ativa da criança e acompanhamento da família, junto ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Os dados contabilizados em Venâncio Aires são inseridos em plataforma do Governo Federal para registro mensal de atendimentos da assistência social.

PREVENÇÃO
Buscando garantir maior identificação de casos envolvendo crianças em trabalhos remunerados, inclusive com ausência escolar, os serviços públicos serão capacitados. O objetivo é de garantir maior fluxo de atendimentos. Esse trabalho envolve desde escolas públicas, postos de saúde, agentes comunitários de saúde e comunidade.

Conforme Daiane, o setor de assistência social trabalha na reorganização da Comissão Municipal de Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Competi).

Atualmente, segundo o fluxograma de atendimentos a identificação do caso é feita pela rede de serviços do poder público municipal e comunidade, encaminhada ao Disque 100 e ao Conselho Tutelar. A partir disso é feito um plano de atendimento e acompanhamento para definir se a criança ou adolescente precisa de proteção e quais serviços serão ofertados para a demanda.

Após inserção no serviço de fortalecimento de vínculos, é feito o acompanhamento da família até que a situação de violação de direito seja sanada. Caso a criança siga em situação de trabalho, a demanda é enviada ao Ministério Público.

Denúncias podem ser feitas ao Conselho Tutelar pelos telefones: (51) 2183-0741 ou Plantão (51) 99773-5097.

Sábado de Ecofeira e vacinação no centro de Venâncio

Olá Jornal
junho10/ 2022

Encerrando a Semana Municipal do Meio Ambiente, uma programação especial acontece na manhã deste sábado (11), a partir das 8 horas, na Travessa São Sebastião Mártir. Além de ações ligadas a semana, a programação também vai disponibilizar também vacinas contra o Coronavírus e gripe, feira de adoção de cães, feira do artesanato e distribuição de materiais da campanha pelo fim da violência contra os idosos. As atividades acontecem até às 11h30, com exceção da feira dos artesãos que vai até às 14 horas.

Entre as ações que marcam o encerramento da Semana do Meio Ambiente, estão o recolhimento de lixo eletrônico, vidros de conserva, óleo de cozinha, distribuição de mudas de árvores nativas, mostra de brinquedos confeccionados com materiais recicláveis e apresentação dos jogos pedagógicos sobre o tema. Essas atividades também aconteceram ao longo da semana, com destaque para a distribuição dos kits pedagógicos da nova coleta seletiva de resíduos para alunos da rede municipal. São kits com folders, lixeiras com separação de materiais e jogos especiais sobre o caminho do lixo para serem utilizados em sala de aula e junto às famílias. Na semana teve também a instalação de lixeiras comunitárias e plantio de árvores nativas.

VACINAS

Na área da saúde, a feira da manhã do sábado vai oferecer vacinas contra Covid-19 e gripe Influenza, para adolescente com 12 anos ou mais e adultos. As doses estarão sendo aplicadas tanto na Travessa São Sebastião Mártir, quanto no Posto de Saúde Central, das 8 horas às 11h30. Para adolescente de 12 anos ou mais, além das doses contra a gripe, também terá a dose “reforço 1” (dose 3) contra o coronavírus. Para pessoas a partir de 50 anos, é a vacina “Reforço 2” (dose 4) que será aplicada. Já os trabalhadores da saúde poderão receber a vacina “Reforço 2” (dose 4).

A vacina da Influenza estará disponível para todos com idade a partir de 12 anos. A partir desta idade, segundo orientação do Ministério da Saúde, não é necessário intervalo entre as vacinas Covid ou Influenza de qualquer outra vacina, podendo inclusive serem administradas juntas. Para as imunizações é necessário apresentar documento de identidade, cartão SUS e carteira de vacinação.

CRÉDITO: AI PMVA

Regulação e informação de dispositivos para fumar é urgente, afirma especialista em tabagismo

Olá Jornal
junho10/ 2022

Com mais de 20 anos de atuação em programas de cessação de tabagismo, Juliana Moysés vê na regulamentação de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) uma alternativa para pacientes que, ao longo dessa trajetória, viu desistirem do tratamento. Especialista em tabagismo e medicina terapia cognitivo comportamental, implantou diversos programas do tipo e identificou na prática alguns porquês do esforço em vão.
Falta de acolhimento, de informação e preconceito são os principais. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 60% querem parar de fumar mas que somente 30% da população vai ter acesso aos serviços apropriados para isso. “Mostra o quão longe a gente está de oferecer um serviço de qualidade”, avalia.
Juliana explica que dentro desses 30%, cerca de 35% no máximo conseguirão parar, isso para um bom tratamento de tabagismo. “É baixíssimo mesmo, as pessoas não ficam, não aderem se você não trabalhar comportamento, se você não entender que quando a gente fala em tabagismo a gente vai trabalhar outras dependências que não têm remédio, como a dependência psicológica e comportamental”.
É preciso tratar o paciente de forma individual, acolhendo suas particularidades e trabalhando com elas, segundo a especialista. “A gente precisa individualizar, precisa entender que existe o paciente dependente e não dependente. Entender que cada um tem um grau de motivação e que a gente pode trabalhar com qualquer paciente, mesmo quando ele não quer parar de fumar e é aí que entra a redução de danos”.

REDUÇÃO DE DANOS
Na visão de Juliana, a regulamentação dos DEFs auxiliaria na abordagem de pacientes que não querem ou não conseguem parar de fumar. Ela cita o artigo 196 da Constituição Federal de 1988, que além de garantir a saúde como um direito de todos e dever do Estado, fala em redução de risco também como um direito garantido ao cidadão. “[…] garantias de políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
“Eu acho que a necessidade de regulação e divulgação de informações é urgente. A gente encontra esses produtos em qualquer lugar por aí, então não é a falta de regulação que está bloqueando a entrada, acho que está dificultando para que se tenha um produto de qualidade e ao mesmo tempo que a gente possa falar disso de uma forma mais clara e aberta”.

INFORMAÇÃO
A psicóloga defende a divulgação de informações tanto ao cidadão, para que saiba quais as opções ele tem, como aos profissionais de saúde, que desconhecem a abordagem. “Além de tudo que o paciente já enfrenta para ter acesso a saúde, a gente lida muito com a informação e preconceito. Fumar hoje já é constrangedor e a falta de acolhimento só piora a adesão a qualquer tipo de tratamento. Às vezes a única coisa que ele vai ouvir de um profissional de saúde é só que ele precisa parar ou que ele não tentou o suficiente”, lamenta.

Sábado de manifestação na praça de pedágio de Cruzeiro do Sul

Olá Jornal
junho10/ 2022

Cerca de 80 pessoas confirmaram participação em mobilização neste sábado, 11, na praça de pedágio de Cruzeiro do Sul, na RSC-453. O movimento deve iniciar às 9h e seguir até o meio dia. Um grupo de Venâncio Aires também deve participar da mobilização. O protesto busca demostrar a insatisfação popular quanto ao edital de concessão da rodovia, que será aberto nos próximos dias.

Além de Cruzeiro do Sul, a praça de Encantado na ERS-130 também concentrará mobilização. O grupo questiona o plano de concessão por mais 30 anos de pedágio. Fim da isenção e passagem múltipla, tarifa perto dos R$ 10,00. E apenas 23% do valor arrecadado retornará em investimentos. Além disso, se soma a atual situação da RSC-453, que apresenta problemas na camada de asfalto.

O morador de Venâncio Aires e vereador suplente, Adão Viana, participa da mobilização, com grupo de venâncio-airenses. Ainda em fevereiro, ele já liderou movimentos nas praças de pedágio da RSC-287 e na 453, cobrando melhorias na estrutura das rodovias.