Na próxima sexta-feira, 28, ocorre no Hospital Veterinário da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) a segunda edição do HV de Portas Abertas. O tema desta vez é “Leishmaniose – diagnóstico, tratamento e legislação local”. O evento é aberto a médicos veterinários e acadêmicos.
As atividades começam às 18h45, no HV, com palestra e mesa redonda com os veterinários Tiago Conceição e Daniela Klafke. Ainda é possível fazer a inscrição pelo telefone (51) 9 9919-1893. O HV está situado na RSC-287, km 94, em Linha Pinheiral, Santa Cruz do Sul.
O tema desta edição foi escolhido justamente pelo Vale do Rio Pardo ser uma região endêmica da doença com muitos casos, mas subnotificados. “O profissional precisa saber o seu papel no diagnóstico e também na notificação do problema. A leishmaniose é uma zoonose, que passa para as pessoas, não pelo contato com o animal, mas por meio do mosquito transmissor”, explica a coordenadora do HV, a médica veterinária Cláudia Lautert.
O HV de Portas Abertas ocorre para passar informações à comunidade e aos profissionais da área. “É o único hospital veterinário da região e temos que ser referência na parte clínica, cirúrgica, prestação de serviço, mas também na parte acadêmica”, completa.
Quem são os palestrantes
Daniela Klafke é médica veterinária formada pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em 1997. Atualmente é veterinária da Prefeitura de Santa Cruz do Sul. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde Pública.
Tiago Conceição é médico veterinário formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 2001. Tem especialização em clínica e cirurgia pelo instituto Qualittas, especialização em citopatologia finalizada e nefrologia (em andamento) pela Unileya. Sócio é responsável técnico do Hospital Veterinário Prontovet, em Viamão, desde 2005. Sócio-fundador do Virtual Leish, desde 2022, primeiro consultório online veterinário especializado em prevenção, diagnóstico, estadiamento e tratamento de leishmaniose canina e felina do Brasil.
Saiba mais
A maioria dos cães não desenvolve sinais e sintomas clínicos de leishmaniose. Quando esta se manifesta, os mais frequentes são desânimo, fraqueza, sonolência, perda de apetite, emagrecimento, feridas na pele que demoram a cicatrizar, descamação e perda de pelos, problemas oculares, diarreia com sangue, entre outros. e paresia dos membros posteriores.
Ocorre pela picada do “mosquito palha” . São insetos pequenos, de cor clara e que pousam de asas abertas. O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e animais doentes e transmite o parasito a pessoas e animais sadios. Uma vez positivo, o canino vira potencial reservatório da doença. Já para os humanos, não há tratamento e os sintomas incluem febre, palidez, anemia, feridas na pele, entre outros.
CRÉDITO: AI Unisc