O deputado estadual Edivilson Brum (MDB) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira, 30, e criticou a temática deste ano da campanha do Dia Mundial Sem Tabaco, lembrado nesta quarta-feira, 31. A ação realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) defende que os países cultivem alimentos, não tabaco.
Para o parlamentar, a fome no mundo não será vencida com a substituição da cultura do tabaco nas lavouras. Ex-prefeito de Rio Pardo, Brum, é conhecedor da cadeia produtiva e sua importância para a economia do estado. “Embora seja compreensível a busca pela promoção da saúde e segurança alimentar, é importante olharmos com cautela as consequências dessa abordagem, equivocada na minha avaliação. Nós, do Vale do Rio Pardo, somos testemunhas do equilíbrio entre a produção de tabaco e alimentos em nossa região.”
O deputado afirma que nas propriedades onde há cultivo de tabaco, há também outras culturas integradas. “Ao contrário do que a campanha sugere, não é substituindo a cultura do tabaco que será combatido o problema da fome em nosso país. Produzimos tabaco e também produzimos alimentos em quantidade e variedade. Precisamos reconhecer a importância da cadeia produtiva do tabaco,” ressaltou.
Brum lembrou ainda que o Vale do Rio Pardo, a maior região produtora de tabaco, garantiu desenvolvimento nos últimos anos, por conseguir conciliar as duas atividades, valorizando a expertise dos agricultores de tabaco e apoiando a produção de alimentos. “Não acredito que se deva colocar a produção de fumo contra a produção de alimentos como um caminho para a promoção da saúde da nossa gente,” finalizou.
FOTO: Celso Bender/ALRS