Da região é cultivado o primeiro tabaco agroecológico do Brasil

Olá Jornal
agosto19/ 2022

O Vale do Rio Pardo é o principal polo global de produção de tabaco e da região surge um novo produto. O Pety, da Marajó, é o primeiro tabaco agroecológico produzido no país. A produção ocorre na Linha Água Fria, interior de Sinimbu e o lançamento do produto voltado ao consumidores que fazem os próprios cigarros, ocorreu no último sábado, 13.

A produção é uma parceria da empresa com a Rede Sul, um grupo criado em 2020 com o foco na promoção da agricultura familiar e agroecologia. O tabaco Pety é uma produção que vai além da orgânica, sem a utilização de químicos na lavoura. A empresa garante às famílias que integram a rede, recursos para a conversão de lavouras na produção de alimentos. A Marajó tem a sua sede em São Paulo e comercializa tabaco picado em mais de quatro mil pontos do país.

Lançamento do tabaco Pety ocorreu no último sábado, 13

A primeira produção do tabaco agroecológico ocorreu na propriedade de Celírio da Silva e Salete de Andrade e Silva. Na primeira colheita foram cerca de 20 mil pés produzidos. Já para a segunda safra, que já está na lavoura, serão 30 mil pés. “É uma produção diferenciada, que alia o cultivo de outras culturas de alimentos, ao tabaco. Todo o processo é manual, sem a utilização de defensivos. Além de garantir a produção da nossa terra, estamos cuidando do futuro,” destaca o produtor.

MERCADO
A produção de tabaco sem utilização de produtos químicos tem conquistado mercados e consumidores. Conforme um dos diretores da Marajó, Felipe Faya, a demanda por produtos voltados à fabricação própria de cigarros tem crescido no Brasil. “Há seis anos eram poucas marcas voltadas à comercialização de tabaco para este público, atualmente já são mais de 50. Muitas vendem a ideia de tabaco orgânico, mas de fato o Pety é o primeiro agroecológico, pensado desde o início da germinação até o consumidor final.”

O destaque do modelo produtivo é o fomento da produção de alimentos, aliada ao cultivo de tabaco. “A família recebeu R$ 18 mil para aplicar em pomar e construção de uma estufa para produzir alimentos. O projeto alia o cultivo do fumo, com outras oportunidades para os produtores,” destaca.
Na nova safra o cultivo do tabaco Pety terá produção dobrada, já que uma nova família foi incluída na iniciativa.

COLETIVO
A produção do tabaco agroecológico foi possível em parceria entre a Marajó e a Rede Sul, que conduz o Projeto de Transição Agroecológica na Fumicultura. O projeto conta ainda com apoio da Articulação em Agroecologia do Vale do Rio Pardo, a Cooperfumos e o Bacharelado em Agroecologia UERGS/AGEFA.

Olá Jornal