Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam para aumento neste ano das contratações de motoristas profissionais. O segmento tem destaque nesta semana, por conta das celebrações em honra ao São Cristóvão, santo padroeiro dos viajantes e transportadores. A pesquisa de empregos gerados com carteira assinada, leva em consideração dados de contratações até maio. No período, em Venâncio Aires, são 691 motoristas profissionais, ligados aos setores de transportes de cargas, máquinas pesadas e de passageiros.
Ao longo deste ano o segmento registra saldo positivo de 46 empregos gerados, com 191 admissões e 145 desligamentos. O estoque de trabalhadores até maio é maior do que o volume de profissionais na função ao longo de 2022.
No último ano, o estoque de trabalhadores motoristas foi de 645. No período foram 356 admissões, contra 370 desligamentos. O resultado do acumulado de 2023 é o melhor em quatro anos.
Em 2021 eram 618 motoristas profissionais efetivados na função. Já em 2020, primeiro ano da pandemia, eram 534 profissionais em estoque, segundo dados do Caged.
ESTADO
No Rio Grande do Sul a profissão também está em alta. As contratações de motoristas profissionais registram crescimento de 1,95%. Até maio, são 125.076 trabalhadores contratados com carteira assinada. No período foram 2.398 vagas criadas, resultado das 26.592 admissões, contra 24.194 desligamentos.
Em 2022 o estoque de trabalhadores na área era de 122.678 contratados no estoque. No último ano, segundo o órgão federal, o saldo de empregos criados chegou a 4.001, resultado de 58.047 admissões e 54.046 desligamentos.
MÃO DE OBRA
Apesar do crescimento nas contratações de motoristas, o futuro ainda será um desafio. Isso porque, pesquisas apontam o desinteresse pela atuação no setor. Na última sexta-feira, 21, o Clube da Estrada divulgou pesquisa realizada com 500 motoristas profissionais em junho. O levantamento mostrou que 71% dos caminhoneiros não se veem exercendo a profissão nos próximos dez anos. Para a grande maioria dos profissionais, é preciso melhorar a segurança nas estradas (78%), oferta de pontos de parada e descanso (76%) e infraestrutura (71,4%). Todos esses pontos acabam superando antigas reclamações como a diminuição do preço do diesel (16%) e aumento do preço do frete (20,5%).