A Câmara de Vereadores realizou na noite desta quinta-feira, 24, na Comunidade São Judas Tadeu, em Grão-Pará, audiência pública sobre a crise hídrica no município. A região é uma das localidades mais impactadas durante as cheias do Arroio Castelhano. O debate foi organizado pela Frente Parlamentar da Crise Hídrica, do Legislativo Municipal.
Além da comunidade, e dos vereadores, o encontro contou com a presença do prefeito Jarbas da Rosa (PDT), e do secretário municipal de Desenvolvimento Social, Ricardo Landim (União). Não estiveram presentes na audiência, representantes da Corsan, ou da Aegea, que assumiu a estatal após processo de concessão pública.
O presidente da comissão parlamentar, vereador Benildo Soares (Republicanos), destacou que os debates buscam garantir soluções para a demanda por água em Venâncio Aires, em especial no período de estiagem. “Nossa preocupação é a falta de água, por isso estamos debatendo essa questão. Temos o projeto de construção de um parque, com lago, para garantir o abastecimento Queremos fazer essa região se desenvolver. Tenho certeza que esse projeto venha a contento. Hoje temos um mar de água, quando ocorrem chuvas. Mas acabamos perdendo essa água,” destacou.
PROJETOS
A construção do lago artificial foi apresentada por Soares, como medida para armazenar chuva e água do Castelhano. Além disso, foi apresentado o projeto de construção do Parque da Orla, criado pela estudante de arquitetura da Univates, Juliana Adriana Mallmann Welter. O local é outra proposta, para ocupação de área às margens do arroio que é o maior fornecedor de água do município. Ambas as iniciativas não possuem orçamento.
Uma iniciativa apresentada pela comunidade que reside na localidade, busca aproveitar o leito do arroio, com a construção de barragens ao longo do trecho, entre a área Urbana de Venâncio Aires e Linha Saraiva. A medida além de armazenar, busca controlar o fluxo em dias de cheias do arroio.
ESTUDO
O prefeito da Capital do Chimarrão destacou ações debatidas com a Corsan para apontar futuros investimentos na captação e armazenamento de água na cidade. Segundo Rosa, entre setembro e outubro deste ano a empresa contratada pela estadual de saneamento, irá apresentar estudo para apontar futuros investimentos na segurança hídrica, com uma nova fonte de captação. “Esse é um problema complexo, se fosse fácil já estaria resolvido. É preciso ter foco, trabalho e fé,” concluiu o gestor municipal.
