Água no campo para que tudo vá bem na economia gaúcha

Olá Jornal
abril06/ 2023

Em um estado que possui 40% do PIB vindo do campo, a garantia de que tudo irá bem na economia depende da estabilidade do fornecimento de água nas lavouras. As oportunidades para que essa relação seja vencedora estiveram em debate durante a South Summit Brazil no painel “Oportunidades na construção de um ambiente antifrágil para a escassez de água”.

O tema esteve em pauta com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo (PP), o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli e o diretor de Crédito Banrisul, Osvaldo Lobo Pires, na sexta-feira, 31. Durante 25 minutos os painelistas apresentaram desafios e oportunidades no fornecimento de água para o campo.

Pires destaca um dos gargalos na produção de soja que possui potencial de 22 milhões de toneladas mas só colheu 9,3 milhões na safra passada devido à estiagem. Nesta safra, a expectativa é de até 16 milhões de toneladas, ainda abaixo do que poderia ser. “Mas o potencial de 22 milhões de toneladas continua real e fazendo um desafio adicional. Estamos cada vez mais comprometidos e tentando ajudar o segmento agro e como a gente pode impulsionar ele”.

Para Condorelli, é preciso estar atento a preservação dos recursos hídricos, irrigação, solo e biotecnologia com avanço genético para plantas resistentes ao déficit hídrico. Além disso, lembra que o agro é um dos segmentos mais importantes para a economia do Brasil, que continuará consolidado como pilar porque é uma das vocações naturais da nação. “Existe um Brasil que está dando certo, que funciona e ele está acontecendo no interior da nossa pátria nas pequenas e médias cidades gerando emprego e que precisa da participação de toda a sociedade brasileira e mundial. A agricultura e pecuária do nosso país não é parte do problema, muito antes pelo contrário, é parte da solução dos nossos problemas”.

ECONOMIA
Polo elenca a expansão da irrigação e o manejo para melhoria da qualidade do solo como principais objetivos a serem perseguidos para mitigar os efeitos da estiagem que entra ano e sai ano assola as lavouras gaúchas. “Eu arrisco a dizer aqui que o fator que mais limita o aumento da produtividade no Brasil são as condições do solo. O maior local para armazenar água é no próprio solo. Precisamos juntos fazer uma grande corrente envolvendo orientação técnica para melhoria do solo, isso vai fazer a diferença. Unir esforços público e privado e potencializar a melhoria da qualidade do solo”, afirma.

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