Campus do IFSul projeta redução de 12,5% no orçamento para manutenção em 2023

Olá Jornal
novembro12/ 2022

A direção do Instituto Federal Sul-rio-grandense no campus de Venâncio Aires, busca alternativas para minimizar os impactos nas atividades, após cortes no orçamento de investimentos e manutenção da unidade. A situação atinge as instituições federais, após bloqueio orçamentário feito pelo Ministério da Educação. Se neste ano o corte chega a 7,2%, para 2023 a projeção de redução chega a 12,5%.

Em 2022 são R$ 123,3 mil a menos para o pagamento de serviços, contas de água, energia e manutenção, além de novos investimentos. Com isso, o orçamento geral para manutenção do campus venâncio-airense deve encerrar o ano em R$ 1.561.768,73. Inicialmente a previsão era de R$ 1.685.096,46. Para 2023 a previsão é de corte superior aos R$ 200 mil. Inicialmente o orçamento previsto é de R$ 1.685.096,46, se confirmados os bloqueios orçamentários, a unidade deve contar com R$ 1.474.459,40, ao longo do próximo ano.

Atualmente as despesas fixas do campus, com energia, água, terceirizados, e manutenção chegam a R$ 95 mil. O restante do orçamento é aplicado em compras de materiais para aulas, manutenção de veículos, prédios e equipamentos, além de custeio de viagens e visitas técnicas em feiras e ações.

“A situação só não é pior, pois algumas coisas conseguimos executar por fora, pois vamos atrás de parcerias e emendas parlamentares. Estamos fazendo nossa quadra esportiva (sem cobertura) por meio de uma emenda parlamentar de 2022. Estamos conseguimos uma sala modular que vamos destinar as atividades pedagógicas da área de educação física por meio de outra emenda parlamentar (2021).

Conseguimos montar um telhado didático pedagógico para as aulas de instalação de placas fotovoltaicas com uma empresa que presta esse serviço e o Sicredi,” destaca o diretor do campus, Geovane Griesang.
A busca por recursos de emendas parlamentares é um dos caminhos encontrados pela direção da escola técnica, para garantir novas fontes de recursos e futuros investimentos. “Trabalhamos bem, só por isso não estamos em uma situação pior. Estamos fazendo todos os esforços para que essa redução de recursos não afete nossas aulas e estudantes. Mas já poupamos em tudo que dava para poupar, precisamos de investimentos urgentes em educação,” afirma o gestor.

ENTENDA
As universidades e institutos federais do Rio Grande do Sul começam a contabilizar os prejuízos com o contingenciamento de R$ 328,5 milhões no orçamento do Ministério da Educação (MEC). Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), este valor, junto aos R$ 763 milhões em valores retirados e que haviam sido aprovados para este ano, somam mais de R$ 1 bilhão bloqueados. A previsão do IFRS caso o contingenciamento não seja revertido é que haja impacto sobre o pagamento dos contratos de água, energia, limpeza e vigilância, entre outros, e nos benefícios de assistência ao estudante de baixa renda no mês de dezembro.

FOTO: Willian Oliveira/Guia Venâncio

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