A atual safra de tabaco está 85% plantada na microrregião de Venâncio Aires. A área compreende 65 municípios da região no tipo Virgínia. Já no tipo Burley são 10%. A informação é da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) que realiza levantamento semanal de acompanhamento.
Segundo o presidente, Benício Werner, algumas localidades já estão iniciando a colheita da planta. “Em algumas regiões já está finalizando o plantio, inclusive já iniciando a colheita nas regiões do litoral. Mas no geral se nós olharmos Santa Cruz e Venâncio Aires, a gente está em torno de 85% do tabaco plantado. O restante não está plantado porque tanto Santa Cruz como Venâncio temos umas regiões que são mais serranas e leva mais tempo, o plantio é mais tardio”, avalia.
Além disso, em algumas propriedades os produtores já se preparam para o plantio da soja e do milho na resteva do tabaco. “Nós já temos informações de quem tem terra disponível, já está plantando a safra de miho agora para depois usar essa terra e mais a terra de tabaco para a produção de soja e milho de novo”.
A região mais adiantada no plantio é Camaquã, com 90%, seguida por Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul, com 85% cada uma, e Candelária com 82% no tipo Virgínia, 70% no Burley e 40% no Comum. As regiões seguintes são Sobradinho (75% Virgínia, 88% Burley e 25% Comum), Jaguari (72% Virgínia, 82% Burley e 50% Comum), São Lourenço do Sul (30%) e Canguçu (25%).
No total, já são 73,2% do tipo Virgínia, 71,3% do tipo Burley e 29,6% do tipo Comum em solo gaúcho. Santa Catarina é o estado mais adiantado, com 97,1% do Virgínia, 86,8% do Burley e 91,2% do Comum. Paraná está com 68,7 do tabaco Virgínia, 74,8% do Burley e 87,1% do Comum na terra.
SAFRA
A Afubra também prevê crescimento na área cultivada com tabaco nos três estados do Sul. De acordo com o presidente, as estimativas apontam para um aumento em 5% em relação ao 246.590 ha na última safra. Werner considera um aumento responsável mas afirma que sempre é um ponto de preocupação a cada safra.
“Nós nos preocupamos muito porque países grandes produtores como nós, Malawe e Zimbábue, também estão finalizando um aumento de área. Então, isso que a gente precisa considerar principalmente os que são países exportadores como esses. A preocupação existe, mas o que esperamos em termos de produção é ter um clima favorável não só de produtividade mas aumento de qualidade. Isso que nós precisamos nos preocupar, e o produtor sabe disso, faz o possível e o impossível para chegar lá mas o clima é o que define a qualidade do nosso tabaco”, conclui.