Entidades representativas dos produtores seguem buscando compensação por perdas na comercialização do tabaco

Olá Jornal
julho07/ 2021

Com melhor avaliação para compra do tabaco no fim da atual safra, entidades representativas dos produtores buscam compensação pela situação. O grupo formado por Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, encaminhou ofícios às maiores indústrias do setor, para busca bonificação aos produtores que comercializam a produção no início da safra.

Conforme levantamento da Fetag, há casos de produtores que tiveram ganhos 40% menores, do que na atual etapa de comercialização da safra. “Esta realidade é de muitos produtores que fecharam a venda no início da safra. Estamos buscando com as empresas uma forma de compensar essa situação, especialmente para ajudar os produtores. Mas não obtivemos retorno ainda dos contatos feitos. Vamos manter essas tratativas até que alguma resposta seja dada aos produtores de tabaco,” explica o presidente da federação gaúcha, Carlos Joel da Silva.

A situação de compra com melhor avaliação na reta final da negociação ocorre por conta da demanda internacional. “Houve uma negociação melhor no mercado internacional, com maior demanda pelo produto brasileiro, o que acabou resultando no melhor preço pago no fim do processo de compra nas indústrias, porém, os produtores que venderam no início foram mais prejudicados’’, argumenta Silva.

Outra situação que tem preocupado os representantes dos produtores envolve a cobrança de multas aos fumicultores que não cumpriram os contratos. “Já nos informaram inclusive cobranças judiciais por conta do não cumprimento dos contratos com indústrias integradas. Estamos acompanhando essa situação,” finaliza o dirigente.

COMERCIALIZAÇÃO
Segundo levantamento da Afubra, até o mês de junho, 614.374 toneladas de tabaco já foram entregues às empresas na atual safra. O volume representa o total das variedades Burley (49.260 toneladas) e Comum (6.497 toneladas), além de 97% do Virgínia (575.894 toneladas).

De acordo com a Afubra, os produtores haviam entregue 564.233 toneladas no mesmo período do ano passado, o que totalizava 87% do volume estimado para a safra passada (646.991 toneladas). Porém, em vista da estiagem ocorrida nos três Estados, houve redução da expectativa e a safra 2019/20 finalizou com 633.021 toneladas.

FOTO: Divulgação

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