Vírus mais agressivo e transmissível chega aos mais jovens e muda cenário da pandemia no município

Olá Jornal
março06/ 2021

O novo cenário da pandemia é de acometimendo de pessoas mais jovens, maior necessidade de suporte hospitalar e explosão de casos. A avaliação da médica infectologista Sandra Knudsen aponta para a realidade atual que chama atenção principalmente por atingir uma faixa etária menor e também pela maior agressividade e transmissibilidade do vírus.

Segundo a especialista, o perfil dos pacientes mudou significativamente. A doença está acometendo de forma mais grave a faixa etária dos 30 aos 50 anos. “Antes tinha muito pouco paciente dessa faixa internado e não complicavam, muito raramente necessitavam de internação. Isso mudou muito e foi muito rápido a mudança. Estamos agora com essa preocupação, dessa faixa etária mais jovem precisando de oxigênio e, portanto, de um leito hospitalar, inclusive com atendimentos mais complexos que necessitam de UTI”.

Sandra acredita que este momento pode ser classificado como segunda onda e que a mudança no perfil surpreende. “Nos pegou de surpresa a faixa etária mais jovem que rapidamente evoluem para pneumonia, muitos deles têm necessitado de internação, característica que mudou bastante.”

NOVAS LINHAGENS
De acordo com a especialista, a maior agressividade e transmissibilidade do vírus são características de novas linhagens e indicam a possibilidade de estarem presentes no município. “Muito provavelmente essa mudança de perfil se deve a alguma variante do vírus. Isso ainda está em estudo, vários locais já estão mapeando geneticamente essas mutações”, avalia.

Além disso, a maior ocorrência de contaminação familiar também é um indicativo de maior capacidade de transmissibilidade do vírus. Ao mesmo tempo, a explosão de casos também é fruto do relaxamento dos cuidados. “A população acabou banalizando a presença dele [vírus] com números mais estáveis e acabaram aglomerando de novo que, para mim, é a grande causa do contágio. Não é no trabalho que as pessoas vão se contaminar”, avalia.

FOTO: Divulgação/Agência Brasil

Novas características clínicas, aliadas ao relaxamento dos cuidados pela população, levam à nova realidade com explosão de casos, contaminação dos mais jovens e maior necessidade de suporte hospitalar

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