Com o intuito de oportunizar um atendimento mais humanizado e dignidade a vítimas de fibromialgia, a Vereadora Sandra Wagner (PSB) protocolou nesta sexta-feira, 26, na Câmara de Vereadores uma Indicação em que sugere a criação de uma carteirinha de identificação das pessoas acometidas pela doença no município, a partir de laudo médico.
A síndrome clínica se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Junto com a dor, a fibromialgia cursa com sintomas de fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada) e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. Uma característica da pessoa com FM é a grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura pelo examinador ou por outras pessoas.
Em tratativas com as secretarias municipais de Saúde e também de Desenvolvimento Social, a parlamentar, a partir da demanda apresentada por um grupo de mulheres que sofrem de fibromialgia; em parceria com o vereador Elígio Weschenfelder, elaborou o texto e o modelo da carteirinha, que deverá ser elaborada em breve pela Secretaria de Desenvolvimento Social.
A Vereadora explica que apesar da existência de uma Lei Municipal de 2020 e que já previa tal direito, o grupo, que se reúne semanalmente no CAPS 2, apresentou uma série de dificuldades, especialmente no que trata o entendimento dos familiares e da sociedade de como a doença se manifesta, assim como do direito ao cartão para estacionar em vaga de especiais e preferência nas filas em estabelecimentos comerciais. Os direitos foram reafirmados na Lei Estadual, intitulada Daniel Lenz, de abril de 2021.
Com isso, a pessoa com fribromialgia tem o direito assegurado de usar filas preferenciais em órgãos públicos e privados e tem direito a estacionar em vagas preferenciais, sendo que a identificação dos fibromiálgicos em relação às filas deverá ser feita pelo Poder Executivo mediante comprovação médica e, em relação aos estacionamentos, pelos órgãos de trânsito competentes.
“Quem tem fibromialgia precisa ser acolhido. Muitas vezes a doença é subestimada e discriminada, porque os sintomas são subjetivos. E a importância de uma lei é garantir direitos, e melhor do que os garantir, é conceder acesso a eles. Então, a iniciativa surge a partir da necessidade social de proporcionar direitos às vítimas de fibromialgia. Embora ainda não haja um levantamento estatístico de quantas pessoas sofrem com a síndrome, o fato de haver uma legislação que os ampara proporciona mais conhecimento sobre a doença e dignidade para lidar com ela”, destaca a Vereadora.
CRÉDITO: AI Vereadora Sandra Wagner/PSB