Os números apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 28, apontam a população de Venâncio Aires com 68.653 pessoas no Censo de 2022, um aumento de 4,09% em comparação com o Censo de 2010, mas muito aquém da estimativa do próprio Instituto até aqui, que apontava população de 72.373 pessoas.
A grande diferença entre os números apresentados e a consequente queda no índice que compõe o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) está levando a Administração de Venâncio Aires recorrer à Justiça. O objetivo é apontar uma sucessão de equívocos ocorridos na contagem populacional no município, revertendo assim a brusca queda populacional.
De acordo com a Procuradora-Geral do Município, Gisele Spies Chitolina, a Administração já havia ingressado com ação de exibição de documentos para que o IBGE apresentasse os dados de mais de três mil domicílios que alegam estar desocupados na cidade. “Além de não termos esses dados, mais uma vez os números apresentados hoje seguem fechados à Administração, sem nos possibilitar questionamentos”, argumenta.
Além de contestação administrativa aberta pelo próprio IBGE no prazo de 30 dias, o Governo de Venâncio Aires confirma que entrará com contestação judicial referente a validade dos dados divulgados nesta quarta-feira. “São vários institutos de estatísticas que apontavam nossa estimativa populacional próxima a 73 mil habitantes. São dados concretos municipais. E uma campanha realizada pela Prefeitura encontrou mais de 2.500 habitantes não recenseados pelo IBGE. São indícios claros de falha no processo”, completa Gisele Chitolina.
O prefeito Jarbas da Rosa voltou a destacar que acredita em erro do IBGE. “Em todo o País houve problemas. Até agora segue nota de rodapé no site do Instituto informando que poderá haver revisão de dados e indicadores a qualquer momento. Ou seja, nem eles tem certeza dos números divulgados. O período de coleta foi muito tumultuado: eleições, festas natalinas, férias escolares, final de Covid, mudança de governo, mudança de recenseadores. Há muito o que contestar”, finalizou.
CRÉDITO: AI PMVA