Venâncio Aires ainda não tem nenhum caso de reinfecção pelo novo Coronavírus (Covid-19). Com registros no Brasil e em outros países ainda em 2020, a possibilidade é considerada rara, porém grave, pelas autoridades de saúde. Conforme o rastreador mantido pela agência de notícias holandesa BNO News, no mundo são 45 casos confirmados, sendo quatro no Brasil, e 9.742 suspeitos.
A médica infectologista, Sandra Knudsen, confirma que esta realidade ainda não chegou por aqui. Ela explica que para que seja considerado reinfecção, os dois casos, a primeira infecção e a segunda, precisam ter sido sintomáticos, confirmados por exame PCR e terem ocorrido em um intervalo de três meses.
“Existe um critério bem definido sobre reinfecção. Não é valorizado exame de sangue ou teste rápido para fechar esse diagnóstico. Precisam ser dois episódios com sintomas de Covid confirmados por teste PCR com diferença de três meses entre um episódio e outro”, relata.
Sandra revela que já se sabe que restos de vírus em pacientes recuperados podem ainda acusar como positivo em exames. ”Porque a gente sabe hoje que podem ficar restos de vírus nas vias respiratórias das pessoas que tiveram Covid e o PCR ficar detectando por um tempo ainda sem significar que a pessoa continua com Covid. Por isso, essa distância de três meses entre um caso e outro”.
MUTANTE
O Ministério da Saúde confirmou no dia 08 de janeiro o primeiro caso de reinfecção do mundo com a mutação denominada E484K, variante encontrada originalmente na África do Sul. Foi na Bahia em uma paciente de 45 anos infectada uma vez em maio e outra em outubro. Nos dois episódios, não apresentou evolução para quadros mais graves.