A Central Analítica da Unisc conta com um laboratório de análise de solos desde 1988, e no início do ano a universidade inaugurou uma unidade no Mato Grosso. A partir deste trabalho a universidade tem colaborado na melhoria da produtividade e conservação das áreas de cultivos. Este tipo de direcionamento laboratorial aponta aos agricultores os minerais deficitários e as quantidades necessárias para correção. Há 10 anos a unidade de análise recebia 30 mil amostras de solos para exames, em média por ano. Em 2022 foram mais de 300 mil.
Os números colocam a Central Analítica da Unisc em destaque nacional e tornam a unidade referência para este tipo de serviço no país. A análise de condições da terra para plantio tem registrado crescimento, principalmente buscando adequação de produtividade e rentabilidade. Segundo o coordenador da Unisc Serviços, Paulo Roberto Theisen, solo saudável é garantia de rendimento melhor aos agricultores.
“Solos com manejo adequado, conseguem permitir uma produção melhor e garantir maior rendimento no campo. O laboratório de solos da Unisc, em 2010, passou por mudanças, com melhor tecnologia, automação dos processos e mais agilidade nos resultados. Já tínhamos uma presença forte neste tipo de trabalho no Rio Grande do Sul e realizamos análises para diversos produtores do centro-oeste. Buscando diminuir a logística para envio de amostras de solo, aproximamos o trabalho da universidade criando uma nova unidade na cidade de Primavera do Leste.”
O Rio Grande do Sul é um dos estados com maiores diferenças geológicas. Conforme o profissional, no Vale do Rio Pardo não é diferente. Isso porque, na parte alta da região, o solo é mais argiloso, e já na parte baixa, a partir de Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul, a estrutura é mais arenosa. “Esta parte está ligada ao bioma pampa, que é outro tipo de solo, e precisa de um cuidado maior para repor nutrientes e ter composição saudável. Entre as medidas que colaboram para a conservação do solo nesta região estão o plantio direto, utilização de palhada, ações para evitar o desassoreamento, e análise constante para nutrientes necessários,” comenta Theisen.
TABACO
A principal cultura agrícola do Vale do Rio Pardo também está conectada às ações de conservação de solo. Segundo o profissional, o sistema integrado já aplica medidas para garantir áreas de cultivo saudáveis. “A Central Analítica da Unisc possui parceria com todas as indústrias que atuam no tabaco, e percebemos o quanto estão alinhadas as medidas de conservação do solo. O tabaco é uma das culturas que mais tem monitoramento de condições de plantio e de solo,” finaliza.
