Ao chegar aos 76 anos, o Sinditabaco olha para o futuro com atenção no aprimoramento da agenda ESG (Social, Ambiental e Governança) e no fortalecimento da cadeia produtiva. Essas são as principais metas da entidade pioneira em ações relacionadas tanto às legislações como aos negócios. “Principalmente nessas últimas duas décadas a gente tem andado com muito afinco nesses temas do ESG com programas criados e muito pioneirismo, eu diria, do setor em todas essas áreas”, avalia o presidente Iro Schünke.
Um exemplo é o Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, realizado há 21 anos, antes da lei sobre logística reversa. O incentivo ao plantio florestal iniciou há mais de 40 anos e tornou o setor autossuficiente em lenha, preservando a mata nativa. Além disso, houve redução na quantidade de agrotóxicos para 1,1 quilo de ingrediente ativo por hectare, colocando o tabaco entre as culturas comerciais que menos utilizam agrotóxicos.
Em relação ao âmbito social, o combate ao trabalho infantil desde a década de 90, o permanente incentivo à sucessão rural e a conscientização sobre a saúde e segurança do produtor são práticas constantes. Além disso, a fundação do Instituto Crescer Legal, em 2015, permitiu gerar novas oportunidades aos jovens rurais e, mais que isso, lançou um programa específico voltado à condição feminina no campo, o que também revela foco na governança. Os resultados desse trabalho podem ser vistos no fato de o Brasil se tornar o segundo maior produtor e o maior exportador há 30 anos consecutivos, o que traz benefícios sociais e econômicos.
FUTURO
O objetivo é fortalecer ainda mais as ações sustentáveis e de defesa do setor, tendo em vista as incertezas geradas pela Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. “Continuar nessa linha de defesa, trabalhando bastante o que for possível nos aspectos do ESG, para que o Brasil possa realmente continuar mantendo aqui a produção, exportação, sua geração de empregos, renda, divisas, é isso aí que a gente defende muito. Se nós não fizermos, alguém vai fazer, enquanto tiver demanda vai ter produção, não podemos deixar escapar daqui”.