A agricultura do Rio Grande do Sul terá atenção especial na Assembleia Legislativa ao longo de 2024. A nova mesa diretora, presidida pelo deputado Adolfo Brito (PP), será empossada no dia 31 de janeiro. Após oito mandatos, o deputado natural de Sobradinho também quer olhar de forma especial para o Vale do Rio Pardo.
A bandeira de ações será a segurança hídrica do meio rural. Para o parlamentar, a reserva de água será a prioridade dos debates do Parlamento Gaúcho ao longo do ano, a exemplo de 2023, sob gestão do presidente Vilmar Zanchin (MDB), que colocou a Educação como pauta institucional. A partir dos debates legislativos foi elaborado o Marco pela Educação, sancionado no dia 10 de janeiro pelo Governador Eduardo (PSDB), que entre outras pautas, cria ações de fomento do ensino técnico, bolsas de estudos e medidas em parceria com os Municípios.
Ao longo do ano, segundo o novo presidente, a Assembleia Legislativa deverá promover debates para analisar alterações em leis, medidas de financiamento e ações que ampliem as propriedades com reservação de água. Sendo um Estado produtor, Brito afirma que é fundamental ampliar as medidas que ajudem a garantir a produção. “A propriedade que tiver água, ela está com grande parte de possibilidade de ser uma propriedade produtiva e financeiramente sustentável. Nós temos que ter água no momento que deu a seca. É prevenção e garantia da produção,” afirma.
Para o parlamentar, será necessário unir forças para evitar que perdas com a estiagem se repitam ao longo dos próximos anos. “Enfrentamos três estiagem seguidas desde 2020. A ideia é, junto com o Poder Executivo, o Judiciário, o Meio Ambiente, o Ministério Público, achar uma legislação que possa ser implementada no interior, para facilitar investimentos deste tipo. Junto com o Executivo vamos buscar programas com subsídio aos produtores, para facilitar investimentos em irrigação.”
DESAFIOS
Brito afirma ainda que pautas em defesa do principal setor do Vale do Rio Pardo, a produção de tabaco, serão constantes no Parlamento Gaúcho. “Vamos ter debates sobre a produção, fundamental para a nossa região. Este diálogo sempre irá ocorrer, com as entidades ligadas aos produtores, ou representantes da cadeia produtiva. O debate é fundamental para defender quem produz,” conclui.
Como presidente da Assembleia Legislativa, o progressista não irá acompanhar a 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP10), que ocorre no mês de fevereiro no Panamá. O parlamentar acompanhou os debates do evento da Organização Mundial da Saúde (OMS), em suas últimas edições, desde 2005.
FOTO: Janine Niedermeyer
