A região e o Rio Grande do Sul seguirão em alerta pelas próximas semanas, em função das condições para temporais e grande volume de chuvas previstas. A situação ganha mais riscos pelas condições de solo e encostas, encharcados com as chuvas ocorridas entre 29 de abril até o dia 05. O período teve registros superiores aos 300mm. Maio e junho devem seguir com períodos prolongados de tempo chuvoso, com risco de repique nos pontos de enchentes.
O alerta é feito pelo engenheiro agrônomo e doutor em Desenvolvimento Regional da Unisc, Jaime Weber, que ministra aulas sobre agrometeorologia. “No mês de maio, ainda nós podemos ter chuva mais concentrada, até chuva mais volumosa. Ainda temos um solo muito encharcado, um solo que não tem mais muita capacidade de infiltração da água, então essa água, a chuva quando ela for um pouco mais volumosa, que é possível ainda no mês de maio, pode resultar em riscos,” alerta.
Conforme o docente, a presença da chuva seguirá constante no Rio Grande do Sul também ao longo de junho. “Então, eu diria que esse mês de maio é um mês que a gente tem que ficar um pouco em alerta, porque tem essa situação de que nós temos um excesso de água nos rios e principalmente o solo que está bastante encharcado. Junho segue com chuvas, mas deve manter dentro da média, um pouco acima. Julho e agosto são períodos mais secos, e frios, com isso reduz a quantidade de chuva,” comenta Weber.
O El Niño deve perder força a partir da junho, quando inicia o ciclo do La Niña. O período será mais seco a partir de então, e há chance inclusive de estiagem nos últimos meses de 2024.