Professora de Venâncio ganha prêmio que reconhece boas práticas de professores da Educação Infantil durante a pandemia

Olá Jornal
abril01/ 2021

A professora Beatran Hinterholz, de Venâncio Aires (RS), é uma entre as 100 diferentes histórias espalhadas Brasil afora e premiadas pela sua prática docente durante a pandemia. A venâncio-airense se destacou pelo fato de suas práticas se estenderem ao longo do ano. Seu planejamento pautou-se no diálogo com as famílias e colegas da escola e suas atividades estimularam nas crianças o contato com a natureza.

“2020 foi um ano desafiador para a escola, professores e para as famílias, tivemos que nos reinventar na Pandemia, procurar outros modos de interações que fossem consolidadas com a BNCC e com a realidade que estávamos vivendo. Priorizamos como experiências as interações e brincadeiras com os elementos da natureza (água, terra, galhos, árvores, sol, nuvens, lua), a literatura (histórias, parlendas e outros gêneros que enviamos as famílias online), as produções gráficas e plásticas, a música e a dança”, explica a educadora.

Essa é uma das práticas de professores da educação infantil que tiveram a importância do trabalho reconhecido e valorizado pelo Prêmio Educação Infantil: Boas Práticas de Professores Durante a Pandemia, uma inciativa da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com a Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e o Itaú Social.

A premiação revelou, nesta quarta-feira , 31, e de forma online, os 100 vencedores do prêmio, ganhadores de R﹩ 1.000 cada um. A justificativa do prêmio é o fechamento forçado, desde 2020, das unidades escolares, medida que desafiou pais/cuidadores e professores a se reorganizarem e assumirem o desafio de coordenar a aprendizagem das crianças de uma maneira até então impensada: à distância.

“Nosso objetivo foi trazer luz a iniciativas inspiradoras e que fizeram a diferença para as crianças e as famílias nessa pandemia. É importante que a sociedade saiba o significado e a relevância da Educação Infantil por meio das histórias e práticas dos professores, crianças e famílias”, justifica Mariana Luz, CEO Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

No total, mais de 700 práticas de todo Brasil foram inscritas e 100 iniciativas sagraram-se vencedoras, contemplando 15 estados e o Distrito Federal. As regiões Sul e Sudeste foram as com maior número de inscrição e concentraram boa parte das práticas premiadas, sendo 51% e 30%, respectivamente.

O Estado de São Paulo teve o maior número de vencedores, 34, seguido por Santa Catarina (13), Rio Grande do Sul (12) e Minas Gerais (11). Rio de Janeiro (06), Paraná (5), Amazonas (04), Ceará (03), Pernambuco (03), Paraíba (02), Goiás (02), Piauí (01), Distrito Federal (01), Rio Grande do Norte (01), Tocantins (01) e Rondónia (01) completam a lista de vencedores.

Em Florianópolis (SC), o professor Marcel Penessor, desenvolveu o projeto Bichos Curiosos, cuja ideia era ressaltar a fauna do estado. De modo geral, foram produzidos e trabalhados 16 podcasts sobre os bichos curiosos, com atividades de pré-alfabetização, relacionando letras, nomes de crianças da turma e nomes dos bichos.

“As crianças conhecem mais sobre animais de outras regiões. Pensamos que era a hora de estimular o contato com a fauna regional. Para auxiliar no processo, gravamos 16 episódios relacionando a inicial dos bichos com as iniciais de cada aluno de nossa turma”, justificou.

Com uso de recursos do WhatsApp, os próprios brinquedos das crianças, panelas e sucatas, as iniciativas trabalharam aspectos como acessibilidade e inclusão, vínculos parentais, interações, brincadeiras, literatura, direito das crianças e meio ambiente.

“Isso mostra a importância da escola, da formação e dos professores, que, mesmo neste período terrível por qual passamos, encontram caminhos para promover o desenvolvimento das crianças”, defende Beatriz Abuchaim, gerente de Conhecimento Aplicado da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Cada premiado receberá, além do valor monetário, um curso de 40 horas online com atividades síncronas e assíncronas sobre a BNCC e a Educação Infantil. O curso será promovido pelo Instituto Singularidades, parceiro técnico da iniciativa – outro parceiro é a ponteAponte.

Sobre a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

Desde 2007, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal trabalha pela causa da Primeira Infância com o objetivo de impactar positivamente o desenvolvimento de crianças em seus primeiros anos de vida. As principais frentes de atuação da Fundação são a promoção da Educação Infantil de qualidade, o fortalecimento dos serviços de parentalidade, a avaliação do desenvolvimento da criança e das políticas públicas de primeira infância e a sensibilização da sociedade sobre o impacto das experiências vividas no começo da vida.

CRÉDITO: AI Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

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