O bom nível socioeconômico dos produtores de tabaco foi reafirmado em uma nova pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mostra que, enquanto 80% enquadra-se nas classes A e B, a média geral brasileira nesse estrato social não chega a 25%. São dados que ratificam o estudo realizado em 2016 e que já mostravam a superioridade da renda de quem produz tabaco.
O relatório da segunda edição do Perfil socioeconômico do produtor de tabaco da Região Sul do Brasil, apresentado em outubro pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração (CEPA) da UFRGS, evidencia que, consideradas todas as fontes de renda, os produtores de tabaco atingem a média total mensal de R$ 11.755,30, ficando a renda per capita em R$ 3.935,40, enquanto a renda per capita no Brasil é de R$ 1.625,00 (IBGE, 2022).
Com esse rendimento, 6,7% dos produtores de tabaco enquadram-se no estrato A (mais do que o
dobro dos 2,9% verificados no Brasil), 6,1% no estrato B1 (no Brasil, o índice é de 5,1%) e 67,2% no
estrato B2 (mais de quatro vezes o que se verifica em termos nacionais, onde está 16,7% da
população). O melhor padrão social é também verificado nos níveis mais baixos da escala, pois os
estratos C1, C2, C3 e D abrangem quase 76% da população brasileira e junto aos produtores de tabaco
a soma dá apenas 19,6%.
As boas condições de vida refletem a situação econômica dos produtores de tabaco. Por exemplo,
quase 72% dos domicílios têm três ou mais dormitórios, todas as casas têm banheiro e 36,4% têm
mais de um. Sobre a energia elétrica, 98,6% têm acesso via rede geral e 12,3% têm sistema de
energia solar. Em relação aos bens de consumo, praticamente 100% têm televisão, todos têm pelo
menos um telefone celular e 36% dispõem de computador. Mais de 80% dos produtores possuem
trator e 100% têm automóvel ou caminhonete.
A PESQUISA – Realizada de 30 de junho a 20 de julho de 2023, em 37 municípios, tem base em entrevistas pessoais na residência de 1.145 produtores (erro amostral máximo de 2,9%). Com coordenação do Prof. Dr. Luiz Antonio Slongo, a pesquisa contou com o apoio do Prof. Dr. Rafael Laitano Lionello (ESPM/SP) e dos doutorandos Lucas Dorneles Britto e Nathalia Soares Brum de Mello (PPGA/UFRGS).
CRÉDITO: AI SINDITABACO