Produção de alimentos: tradição de muitos anos em Mato Leitão

Olá Jornal
junho17/ 2023

Economia forte e diversificada. Apesar de jovem, apenas 31 anos completados em março último, Mato Leitão se destaca pelos inúmeros empreendimentos, inclusive na produção de alimentos. A Biscobom Alimentos é um dos exemplos, produzindo biscoitos laminados e recheados desde 1999. Além de atender o mercado nacional (especialmente região Sul, Goiás, Amazonas e Acre), a empresa exporta produtos para diversos países como Uruguai, Chile, Paraguai, Venezuela e também para a África. “Com exportações trabalhamos desde 2006”, disse o sócio-gerente Evanir Diehl.

Sócio-gerente da Biscobom, Evanir Diehl destaca números da empresa


Em 2021, a empresa enfrentou um momento muito difícil. Um incêndio (22 de fevereiro) destruiu parte da fábrica com máquinas, estoque, matéria-prima e embalagens. Meses depois, parte da produção foi retomada e, no ano passado, tiveram início as obras de reconstrução do complexo, cerca de 3 mil m². “As obras de reconstrução estão na reta final. A ideia é de retomar os trabalhos nesta nova área até o final deste ano. Máquinas e equipamentos também já foram comprados”, destacou Diehl. Com 75 colaboradores, a Biscobom trabalha atualmente com duas linhas de produção e a nova estrutura produzirá a linha waffers.

No ramo de conservas, Mato Leitão se firma no mercado com a empresa Alan Carlos Bohn Seidel, através das marcas Santa Conservas e Casagrande. Funcionando desde 2014 e atualmente com 14 colaboradores, a empresa comercializa produtos pelo Rio Grande do Sul (principalmente na Fronteira Oeste, regiões de Pelotas, Rio Grande e Passo Fundo) e também em Santa Catarina.

“A cada semana são processadas 5 toneladas de pepino, principal produto. São cerca de 39 mil vidros de conserva mensalmente”, disse Alan. O empresário destaca que o grande desafio envolve a matéria-prima, onde grande parte do produto é adquirida em Santa Catarina e Minas Gerais. A empresa, localizada no Acesso 20 de Março, mantém também parcerias com agricultores locais e de municípios vizinhos como Venâncio Aires e Marques de Souza.

Alan Carlos Bohn Seidel revela que desafio atual para produção de conservas é a matéria-prima na região

A Santa Conservas oferece ao mercado uma grande variedade de produtos em conserva: pepino, milho, cebola, beterraba, azeitona, cenoura, couve-flor, rabanete, picles, vagem, pimenta, palmito, entre outros.
No mesmo segmento, a Alf Agroindústria Familiar atua há 16 anos em Mato Leitão, sediada também no Acesso 20 de Março. Atualmente, o empreendimento fornece produtos (especialmente pepino e beterraba) da marca Friestos para toda a região e inúmeros municípios do Rio Grande do Sul. O empresário Gerson Luís Alf estima que, em média, são cerca de 1 mil caixas (15 vidros cada) de pepino produzidas mensalmente na agroindústria.

Gerson Alf revela também a dificuldade de encontrar matéria-prima que precisa ser adquirida, em sua grande maioria, no Sudeste brasileiro. Para minimizar a situação, a Alf Agroindústria incentiva parcerias com produtores locais e da região como Venâncio Aires, Vale Verde, Rio Pardo, Passo do Sobrado e Cruzeiro do Sul. “Hoje trabalhamos com mais de 20 agricultores que nos vendem o pepino, o nosso principal produtor”, disse.

Gerson Luís Alf busca incentivar produtores locais para garantir a produção de conservas

ABRINDO PORTAS PARA NOVOS MERCADOS

A Conservas Janaína, fundada há 28 anos, driblou as dificuldades com matéria-prima mudando seu foco para a produção de maionese, mostarda e catchup. A empresa, localizada na Vila Arroio Bonito, manteve a estrutura para produzir conservas (especialmente pepino) mas a atenção está voltada agora para a nova opção no mercado. Por mês, a produção chega a 70 toneladas de produtos que são comercializados especialmente no Rio Grande do Norte e outros estados do Nordeste brasileiro.

Os irmãos Alexandre e Letícia Janaina Schmitt coordenam as atividades na empresa envolvendo oito colaboradores. Eles citam que exportação dos produção está no radar, mas a pandemia Covid-19 acabou interrompendo e atrasando muitas negociações.

Irmãos, Letícia e Alexandre administram a Conservas Janaína

SANTA INÊS
A Padaria Santa Inês, fundada há 14 anos, também inovou aproveitando sua localização nas margens da RSC-453. Ao perceber a grande movimentação de pessoas pela rodovia, a empresa estruturou o Paradouro Santa Inês.

Diariamente, o local é parada obrigatória para muitos motoristas que transitam pela rodovia, ligação entre a RSC-287 e BR-386. O paradouro oferece aos visitantes toda a linha de produtos da Santa Inês e atende comunidade local e regional, motoristas e viajantes com amplo estacionamento. A Padaria Santa Inês produz pães, cucas, bolachas, bolos e pizzas que são comercializados em mais de 40 municípios do Rio Grande do Sul. A empresa conta com 60 colaboradores que atuam de forma direta e indireta na produção, atendimento e distribuição dos produtos.

TODOS OS SETORES COM ATENÇÃO DO PODER PÚBLICO

Um dos objetivos do prefeito Carlos Alberto Bohn e vice Arly Stöhr (Flecha) é de seguir trabalhando forte no desenvolvimento de Mato Leitão, apoiando e incentivo os mais diversos empreendimentos.
Para o setor primário, por exemplo, estão disponíveis mais de 20 programas de apoio aos produtores, envolvendo incentivos, estruturação de propriedade, apoio técnico, entre outros.

O setor representa 62% do retorno de ICMS aos cofres municipais. No setor industrial, a Prefeitura participa com incentivos envolvendo doação de áreas, transporte de material, serviços de máquinas, entre outros.

Prefeito de Mato Leitão, Carlos Alberto Bohn destaca ações para o desenvolvimento da cidade

CRÉDITO: AI Prefeitura de Mato Leitão

FOTOS: Divulgação e Renê Ruppenthal/AI PMML

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