A situação financeira dos municípios do Vale do Rio Pardo tem exigido atenção para garantir o encerramento do ano, no azul. Medidas conjuntas foram anunciadas pela direção da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), para reduzir as despesas. Em Venâncio Aires as medidas de contenção dos gastos serão ampliadas com demissões de Cargos Comissionados (Ccs), redução de diárias, gastos com combustíveis e cortes em novas contratações. Entretanto, o prefeito Giovane Wickert (PSB) destaca que serviços e obras não serão paralisados.
“Estamos fazendo um esforço conjunto no Governo Municipal desde o início do ano. O trabalho vem sendo realizado desde janeiro, com cortes e controle total em despesas. O momento agora é de controlar todo e qualquer gasto para não afetar os serviços essenciais,” destaca.
Nesta quinta-feira, 25, a Amvarp realizou coletiva de imprensa para apresentar ações que serão adotadas até o fim do ano na tentativa de equilibrar os caixas municipais. Integraram a ação, o presidente da Amvarp, Prefeito de Vale do Sol, Maiquel Silva; o Presidente do CISVALE, Prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert e o vice-presidente da FAMURS, Prefeito de Candelária, Paulo Butzge.
Entre as medidas adotadas pelos prefeitos da região estão: cortes com combustíveis, diminuição de diárias, redução de cargos comissionados e funções gratificadas, cortes de horas extras, proibições de novas contratações, cortes em gastos com combustíveis. Das 15 prefeituras da região, quatro anunciaram que não irão adotar: Venâncio Aires, Vera Cruz, Candelária e Vale do Sol.
O próximo ano será mais difícil para as prefeituras da região. Isso porque, a maior parte dos orçamentos municipais de 2019 já apontam para déficit nos valores das receitas. Aliado a isso, a inflação também deverá ter aumento, que resultará em novos percentuais de negociação para o funcionalismo público. “Se 2018 já foi difícil, o próximo ano se desenha como um dos piores para as administração municipais. O momento é de austeridade,” destaca Silva.
Em Venâncio, por exemplo, o orçamento projetado para o próximo ano terá redução de 7%. Em 2018 a expectativa é de que mais de 50% das prefeituras fechem as contas no vermelho no estado.