Um futuro sem fumaça não significa um futuro sem tabaco. Assim a Philip Morris enxerga um novo mundo daqui há 10 anos onde o cigarro estaria banido. Um passo importante para esse lugar foi dado no último mês pela empresa que pediu ao governo do Reino Unido que proíba os cigarros dentro de uma década, comparando ao que ocorrerá com carros a gasolina, com venda proibida a partir de 2030.
O pedido do presidente-executivo da Philip Morris International (PMI), Jacek Olczak, tornaria ilegal sua própria marca Marlboro e coloca em prática o seu discurso ao assumir a liderança da companhia em maio deste ano, quando anunciou o ano de 2025 como marco para se tornar uma empresa majoritariamente livre de fumo, com produtos anti-fumaça respondendo por mais de 50% de sua receita líquida total.
“Quanto mais cedo acontecer, melhor para todos”, afirmou ao jornal inglês The Guardian. Para ele, a ação do governo contribuirá para orientação dos fumantes em relação aos produtos alternativos ao cigarro. “Dê a eles uma escolha de alternativas livres do fumo”, defende.
Com restrições rigorosas aos cigarros, o Reino Unido é considerado um exemplo na regulamentação de novos produtos. Foi um dos primeiros a recomendar que sejam utilizados em tratamentos para que fumantes deixem de fumar.
TABACO
Dentro da perspectiva de produtos alternativos, a empresa tem reforçado o papel do tabaco brasileiro. “O tabaco brasileiro tem um papel importante no desenvolvimento dos nossos produtos. A nossa visão de um mundo sem fumaça não é uma visão de um mundo sem tabaco, à medida que nosso produto de tabaco aquecido utiliza tabaco brasileiro de alta qualidade na sua fabricação”, afirma a multinacional.
De acordo com a Philip Morris, o objetivo é de no futuro dedicar-se exclusivamente a estes produtos substitutos, como o tabaco aquecido que já está presente em quase 70 países, com aproximadamente 20 milhões de consumidores. A companhia tem liderado a transformação na indústria do tabaco de substituir os cigarros por produtos sem combustão, de risco reduzido. Nos EUA, já concentra suas vendas no IQOS, sistema eletrônico de tabaco aquecido desenvolvido pela empresa e que teve sua comercialização autorizada no país pela agência reguladora americana como sendo um produto de risco modificado (MRTP), reconhecendo a redução da produção de compostos químicos nocivos.