O tabaco em folhas, principal produto de exportação do Vale do Rio Pardo, registra alta nos valores negociados no mercado global. A valorização ocorre mesmo com queda no volume exportado. O primeiro semestre é o melhor em negócios internacionais para o período, desde 2014. Entre janeiro e junho o produto em folhas movimentou mais de US$ 1,026 bilhão, alta de 15,3%.
Em toneladas, são 154,01 mil toneladas, queda de 22,5% frente ao mesmo período do ano passado. O valor médio pago no mercado global por quilo do produto chegou a US$ 6,67, crescimento de 48,9%.
O Rio Grande do Sul concentra 95% do resultado, com US$ 975 milhões em negócios. Santa Catarina aparece na sequência, com 4,69%, movimentando US$ 48,1 milhões. Os dois estados são os principais nas negociações internacionais, em especial por conta dos portos de movimentação, além dos polos de processamento do tabaco em folhas.
A China é o principal destino do tabaco em folhas brasileiro. Ao gigante asiático foram negociados mais de US$ 239 milhões, representando 23% do total comercializado no mercado global. Já a Bélgica, segundo destino, representa 22% dos negócios, movimentando US$ 229 milhões. O país é a porta de entrada do tabaco brasileiro na União Europeia. Os Estados Unidos aparecem na terceira posição, com US$ 91 milhões negociados.
Ao longo de todo o ano passado o tabaco em folhas registrou alta de 72% nos negócios, frente ao período anterior de vendas. No período foram US$ 2,20 bilhões comercializados, com 412,3 mil toneladas embarcadas. Em 2022 o valor médio pago por quilo no mercado internacional ficou em US$ 5,34.
DEMAIS PRODUTOS
O tabaco bruto movimentou no primeiro semestre US$ 20,84 milhões, com 1,3 mil toneladas embarcadas. Os negócios tiveram alta de 2% no período, sendo o principal destino a Indonésia, representando 40% dos negócios, movimentando US$ 8,41 milhões.
Já os talos e demais subprodutos também registraram variação positiva nos negócios entre janeiro e junho. No período movimentaram US$ 24,06 milhões, com 41,6 mil toneladas embarcadas.
Com os produtos finalizados, como charutos e cigarros, o movimento também acumula alta nos negócios. No primeiro semestre foram US$ 79,7 milhões em vendas, resultado 30,6% superior ao mesmo período do ano passado. Já em volume exportado, o crescimento é de 18%, movimentando 16,1 mil toneladas. O resultado é o melhor da série histórica iniciada em 2012, com negócios envolvendo cigarros e charutos no país. O principal destino é a Argentina, que concentra 38% de participação entre os parceiros comerciais, movimentando mais de US$ 30,6 milhões.
VICE
Após cinco meses liderando as exportações do Rio Grande do Sul, o tabaco encerrou o primeiro semestre na vice-liderança. O topo dos negócios internacionais passou a ser puxado pela soja, que movimentou nos seis meses de 2023, mais de US$ 967 milhões, concentrando 9,7% do total exportado pelo estado, que totaliza US$ 10,2 bilhões. O tabaco em folhas aparece na segunda posição, com 9,6% de participação, e movimentando neste ano a partir do território gaúcho mais de US$ 975 milhões.