O Ministro do Trabalho Luiz Marinho recebeu, na tarde desta terça-feira, 8 de agosto, a representação dos trabalhadores da indústria do tabaco, por meio da direção da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (FENTIFUMO) e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (STIFA). A agenda, solicitada pelo Presidente das entidades, Gualter Baptista Júnior, que representa 40 mil trabalhadores do setor, foi articulada pelo deputado federal Heitor Schuch. Do encontro, as lideranças voltam com a certeza de que os empregos gerados pela cadeia produtiva do tabaco merecem ser respeitados.
“É preciso ter responsabilidade e respeitar o trabalho realizado nas indústrias, responsável pela geração de impostos, de postos de trabalho, ajudando a gerar a riqueza no país”, declara Luiz Marinho, sobre a possibilidade de restrições à indústria do tabaco. O tema é pertinente, pois em novembro, no Panamá, ocorre a décima edição da Conferência das Partes Para o Controle da Produção de Tabaco (COP-10), grupo do qual o Brasil é signatário desde 2005.
Marinho recebeu com preocupação a pauta apresentada pelo presidente da FENTIFUMO. Segundo ele, a visão distorcida que se tem sobre a indústria do tabaco, do ponto de vista do consumo precisa ser esclarecida à sociedade. “A indústria e os seus trabalhadores não são responsáveis pelo consumo do cigarro. Se alguém tem que produzir, que seja o Brasil. Se nós não fabricarmos estes produtos, outro país irá produzir, levando para lá estes empregos que estão aqui”, reforça.
O ministro do trabalho seguiu, defendendo o debate sobre com responsabilidade sobre o consumo, elevando a importância da cadeia produtiva com elos na indústria e no campo. “Saímos deste encontro com a certeza de que o Ministério do Trabalho é sim um aliado da mão de obra da indústria, ciente de que o setor é organizado, legal e importante gerador de oportunidades, pois a indústria é inclusiva, emprega a diversidade com pessoas de mais idade e de todos os níveis de instrução”, avalia o Presidente da FENTIFUMO e do STIFA, Gualter Baptista Júnior.
Do encontro participou também o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Fumo, Alimentação e Afins de Venâncio Aires (Stifumo), Rogério Borges Siqueira, assim como o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcílio Laurindo Drescher e o ex-presidente da entidade, Benício Albano Werner.
Inspiração para o NOVO STIFA
Durante a audiência com o Ministro do Trabalho Luiz Marinho, o Presidente da FENTIFUMO e do STIFA Gualter Baptista Júnior destacou a liderança de Marinho – ex-sindicalista – e seu exemplo acerca da modernidade nas relações sindicais. “Sua conduta e posicionamento diante do sindicalismo e da postura dos sindicatos, sendo agente transformador dos trabalhadores nos inspira”, garante Baptista Júnior.
Como resposta, Marinho confirmou que a postura adotada pelo NOVO STIFA, na valorização do bem-estar e desenvolvimento do trabalhador fazem parte de um conjunto de novos conceitos sindicais. “Saímos de uma agenda muito positiva a partir deste encontro com o ministro Luiz Marinho. Os trabalhadores da indústria, assim como do meio rural foram muito bem representados nesta agenda em Brasília. Neste momento, pré-Convenção Quadro, toda a união ao redor da atividade é necessária”, complementa o Presidente da FENTIFUMO e STIFA, Gualter Baptista Júnior.
FOTO: Rodrigo Nascimento/Nascimento MKT
CRÉDITO: AI Fentifumo