O produto tabaco brasileiro é um produto sustentável e referência para as demais cadeias produtivas. A afirmação do coordenador de Agregação de Valor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcus Vinícius de Miranda Martins, chancela o tabaco como modelo a ser seguido. Dotada no departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e de Indicações Geográficas junto a secretaria de Inovação Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, a divisão é responsável pelo Programa Produção Integrada Agropecuária. Assim, acompanha a cadeia produtiva do tabaco que em 2013 dá início à certificação da produção por meio de norma técnica específica, orientando como se deve produzir corretamente o tabaco no Brasil, com justiça social e ambiental. O programa atende até a fase da folha seca embalada para exportação.
“O produto tabaco brasileiro é um produto sustentável. Ele não tem trabalho escravo, ele respeita o meio ambiente e mais outros critérios que são exigidos nesse processo de certificação. Lembrar também que todo tabaco brasileiro exportado é rastreável, sabe-se o que aconteceu de ponta a ponta na cadeia”, explica Martins.
Segundo ele, poucas cadeias conseguem atingir níveis de sustentabilidade como a do tabaco, sendo duas destacadas: a do café e da soja. O segredo está no Sistema Integrado de Produção. “É referência, porque esse grau de organização do produtor, da assistência técnica da indústria fumageira para o produtor, esse apoio que o produtor tem, essa integração, toda essa relação boa entre produtor e indústria é benéfica para a cadeia. Isso é referência, sim, para outras cadeias, uma vez que nem todas as cadeias têm esse nível de excelência em organização.”
Da mesma forma, o coordenador geral da Produção Vegetal do Mapa, Clecivaldo Souza Ribeiro, afirma que a integração garante o cumprimento de boas práticas. “São regras extremamente rigorosas, 38 regras, sendo que hoje a grande maioria dos produtores de tabaco já estão com a sua produção seguramente atendida. A produção integrada foca na redução ou não utilização de agrotóxicos voltando a atenção para utilização dos bioinsumos. Tem sido seguida de forma rigorosa e temos acompanhado muito de perto por meio da nossa equipe da produção vegetal”, afirma.
Para o coordenador de Agregação de Valor do Mapa, Marcus Vinícius de Miranda Martins, é preciso comunicar a todos os públicos a excelência da produção brasileira. “A gente precisa mostrar para o mundo que não sabe, ou não quer saber, que o produto agrícola brasileiro tem garantia ambiental, social quando se há uma integração de interesse em organizar o setor e a cadeia produtiva do tabaco é uma cadeia produtiva bastante organizada, tem valor agregado”.
FOTO: Divulgação/AI SindiTabaco