Após ouvir as demandas e necessidades da região, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul trabalha na formalização de um marco público com metas, ações e lei com o objetivo de melhorar os indicadores do ensino gaúcho. O Movimento Pela Educação está passando pelas regiões funcionais do estado, para levantar medidas que possam ampliar a qualidade da escolaridade. A partir dos painéis realizados nestes eventos, um documento será elaborado pelos deputados e apresentado ao Governo do Estado.
Conforme o presidente do Legislativo Gaúcho, Vilmar Zanchin (MDB), os encontros no interior vão ajudar na construção de um marco legal, com o objetivo de apontar caminhos para melhorar a educação no Rio Grande do Sul. O parlamentar liderou os debates na última sexta-feira, 14, em Santa Cruz do Sul. “Todo o debate resulta em apontamentos feitos pelos Coredes, lideranças e universidades, A partir destes diagnósticos vamos buscar construir um marco legal, que vai listar metas, leis e medidas que possam colaborar para o ensino gaúcho voltar a ser referência para o país.”
No total serão nove encontros até o mês de setembro. Após, os apontamentos discutidos nas regiões funcionais serão apresentados em documento na Assembleia Legislativa e entregues ao governador Eduardo Leite (PSDB). A partir disso, uma série de leis e medidas legais serão propostas, envolvendo melhorias nas escolas, valorização de professores, estrutura de ensino e modernização do aprendizado. As medidas ocorrem em discussão junto à Secretaria Estadual de Educação.
A secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, também participou do evento regional. A gestora enalteceu o momento atual de união envolvendo o Governo do Estado, Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado, em prol da educação. “É um movimento do estado em favor da educação. Há uma mobilização grande, com certeza trará resultados para educação do Rio Grande do Sul. Não amanhã, nenhuma semente plantada hoje vira árvore amanhã. É um movimento muito importante que se inicia,” destacou em coletiva de imprensa.
Entre as ações práticas já listadas pela secretária está o foco nos primeiros anos de alfabetização, e ensino integral também para o Ensino Médio. “É na sala de aula que se forma uma nação. Estamos propondo um pacto pela alfabetização, com foco nos primeiros anos da educação básica. Queremos também chegar em 50% das escolas de Ensino Médio em tempo integral e com formação profissional técnica de qualidade. O momento exige também ensino híbrido, com o uso de novas ferramentas para o aprendizado,” ressalta.
PROFESSORES
Outro ponto de debate, elencado pelo reitor da Universidade de Santa Cruz do Sul, Rafael Frederico Henn, engloba o apagão de mão de obra voltada às escolas. “Ao longo dos últimos anos vemos o número de estudantes em cursos de licenciatura cair. É preciso pensar em programas de estímulo para a profissão.”
Neste sentido, a secretária destacou um programa estadual que será lançado nos próximos dias, buscando facilitar o acesso para formação de profissionais. “Teremos uma política de indução para a formação de professores. Será criado um programa para estimular bolsas nas universidades, e lançado nos próximos dias pelo governador Eduardo Leite,” revela.