Líder de exportação há 30 anos, Brasil tem potencial para ser um player global de nicotina com regulação dos cigarros eletrônicos

Olá Jornal
janeiro03/ 2024

CONTEÚDO DE MARCAR POR BAT BRASIL

Líder de exportação de tabaco há 30 anos, o Brasil tem potencial para ser um player global de nicotina com a regulamentação dos cigarros eletrônicos. A qualidade do tabaco brasileiro trouxe o país até aqui e pode levá-lo ainda mais longe. O gerente sênior de Assuntos Científicos e Regulatórios da BAT Brasil, Iuri Esteves, explica que, como segundo maior produtor mundial de tabaco, o país é forte candidato a entrar neste mercado hoje dominado pela Índia.

“Para se ter uma ideia, 25% do mercado de nicotina extraída de tabaco, hoje é dominado pela Índia, que verificou esta demanda, uma demanda que cresce 12% ao ano, não somente para cigarros eletrônicos, mas também para os sachês de nicotina e também para a indústria farmacêutica. Então, a demanda de nicotina vem crescendo, e a Índia, com essa visibilidade, já está, inclusive, investindo em ampliação da capacidade de extração de nicotina no próprio país. Ou seja, eles dominam hoje 25% do mercado mundial de nicotina líquida, o que o Brasil ainda não pode fazer devido à falta de regulamentação e à proibição. O país tem perdido a possibilidade de instalar capacidade para extração de nicotina e agregar mais valor ainda ao tabaco, que seria um processo nacional de extração de nicotina para vender potencialmente para o mundo inteiro, como faz hoje a Índia”, afirma.

Por ser uma cultura centenária no país, a expertise na produção seria um ponto favorável na corrida por este mercado agregando valor também aos produtores. Atualmente, já é uma das culturas mais lucrativas que existe para o pequeno agricultor, visto que em pequenas propriedades com cerca de 13 hectares em média, 20% dessa área é dedicada ao tabaco que gera 60% da receita do produtor. “

Além disso, Esteves comenta também que a falta de regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil pode comprometer a liderança do país. “É uma preocupação, porque hoje, a falta de regulamentação traz uma incapacidade de investimento, atualmente, no Brasil, para que se invista em beneficiamento do tabaco e extração de nicotina. Hoje vemos a Índia dominando esse mercado, ou seja, há um risco, inclusive, pelo crescimento desse consumo de nicotina para vários produtos, não somente cigarro eletrônico, nicotina oral e também produtos farmacêuticos, que o Brasil perca o protagonismo no mundo do tabaco”.

SAIBA MAIS

O estudo listou os 10 setores da economia que terão maior crescimento com a regulamentação, considerando quatro frentes: aumento de faturamento, geração de empregos, aumento de renda e arrecadação de impostos líquidos, e a fumicultura aparece como o setor mais beneficiado em todos os aspectos analisados. A agricultura é o setor que geraria mais empregos, com 55 mil novos postos de trabalho, seguido do setor de comércio, com 14 mil novos empregos.

CONSULTA PÚBLICA

Até o dia 9/2/2024 está aberta a Consulta Pública da Anvisa para que consumidores, classe médica, indústria, entidades do setor e quem mais se interessar em contribuir com o debate para a criação de regras rígidas voltadas a esse mercado.

1 – Acesse o site da Anvisa (bit.ly/consultavape) e preencha o formulário;

2 – Dê a sua opinião a favor da regulamentação, lembrando que o texto proposto pela Anvisa prevê a proibição dos produtos no país;

3 – Clique em enviar.


NOTA: Vaporizadores e produtos de tabaco aquecido são produtos destinados a maiores de 18 anos, assim como o cigarro. Estes produtos não são isentos de riscos.
A redução de riscos de vaporizadores e produtos de tabaco aquecido é baseada nas evidências científicas mais recentes disponíveis e desde que haja a substituição completa do consumo de cigarros tradicionais
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FOTO: Divulgação/Pixabay

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