Família Koch: tradição na produção de tabacos de qualidade

Olá Jornal
fevereiro25/ 2022

As chuvas irregulares e, muitas vezes insuficientes, marcaram a Safra 2021/2022 no Sul do Brasil. Ainda assim, a família Koch, de Linha Borges de Medeiros, em Vera Cruz (RS), conseguiu uma boa produtividade e a qualidade dos 80 mil pés vai garantir um retorno financeiro satisfatório. Mas os 14,4 hectares da família, divididos em três áreas, não produzem apenas tabaco. Da terra também são retirados os alimentos consumidos como feijão, mandioca e as hortaliças do dia a dia, além de milho para alimentar os animais da propriedade, criados para o consumo e comercialização.

Mas a produção de tabaco faz parte da vida do agricultor Nestor Koch, 67 anos, há muito tempo. Os seus pais já produziam a folha e quando ele adquiriu a área onde hoje vive, seguiu na cultura. “Porém, nessa propriedade não tinha nada, tudo o que temos fomos nós que construímos com muito esforço e os recursos provenientes de cada safra”, revela Koch. Os cinco filhos com a esposa, da qual ficou viúvo em 1999, foram criados com a produção de tabaco e todos seguiram os passos do pai na agricultura.

Hoje, Koch vive na propriedade com a companheira Geni, o filho mais novo, Fabiano, a nora Adriane e o neto Tiago Emanuel. Produtores integrados da UTC Brasil, Nestor e Fabiano acreditam que o cultivo do tabaco é a alternativa para pequenas propriedades. “O plantio de soja, por exemplo, exige áreas maiores para valer a pena. O tabaco nos dá retorno financeiro em menos hectares”, destaca Fabiano, 38 anos. De acordo com ele, o investimento em tecnologia tem auxiliado na produção, garantindo também qualidade de vida para os agricultores.

Para que a produção de tabaco alcance a qualidade desejada, os cuidados com a terra são fundamentais. A conservação do solo, a utilização de cobertura verde e o plantio direto, realizado há mais de 15 anos, trouxeram bons resultados ao longo das safras. Para a cura do tabaco, são utilizadas duas estufas de ar forçado. “Ainda temos uma estufa convencional que usamos quando necessário”, afirma Fabiano. Uma área de reflorestamento de 1,5 hectare com eucaliptos supre parte da necessidade de abastecimento das estufas.

SUCESSÃO
Aos 14 anos, Tiago Emanuel é estudante do 9º ano e tem convicção de que vai continuar na agricultura. Mesmo sabendo que vai ficar na propriedade, não pretende parar de estudar. “Se na cidade é preciso ter estudo para conseguir um bom emprego, aqui também precisamos estudar para lidar com a tecnologia que vem chegando nas propriedades”, ressalta.

Para o avô Nestor Koch, Tiago leva vantagem por já ter a estrutura pronta para continuar. “Hoje temos as estufas e os tratores que facilitam o trabalho, é um incentivo para os jovens permanecerem no interior”.

CRÉDITO: AI UTC

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