“Falta de regulação gera confusão”, alerta o CEO da Philip Morris Internacional (PMI), Jacek Olczak, em evento global sobre a transformação da indústria do tabaco. O Technovation foi realizado pela multinacional nesta terça-feira, 09, em Neuschâtel, na Suíça, com objetivo foi chamar a atenção de reguladores, governos e sociedade sobre a importância da regulamentação desses novos produtos
À frente da empresa líder desse movimento de transformação, Olczak falou sobre se a mudança liderada pelo setor está sendo aproveitada da melhor forma. A resposta é não. O motivo, o déficit na regulamentação dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs).
“Ao longo da última década, acumularam-se evidências clínicas e não clínicas que mostram que os produtos sem fumaça são alternativas melhores do que os cigarros. Devemos ir além dessa discussão e nos perguntar como podemos maximizar as oportunidades de saúde pública oferecidas pela inovação em tabaco e nicotina”, afirma o CEO da PMI.
DECISÃO
Em ano de Conferência das Partes para Controle do Tabaco (COP) e decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os dispositivos para fumar (DEF’s) o seminário global foi um marco em busca de acelerar as discussões regulatórias. A empresa destaca que há muitos anos, a indústria do tabaco foi desafiada a reduzir os danos causados pelo cigarro.
A PMI aceitou o desafio e desde 2008 investiu mais de US$ 10,5 bilhões em pesquisa, desenvolvimento, comprovação científica e comercialização de alternativas incombustíveis que, embora não sejam isentas de riscos e forneçam nicotina viciante, são uma escolha muito melhor do que os cigarros para milhões de adultos que de outra forma continuariam fumando.
Para o vice-presidente de Comunicações Globais da PMI, Tommaso Di Giovanni, apesar dos entraves, há boas expectativas no avanço regulatório. “Acreditamos que um número crescente de governos reconhecerá os benefícios relativos dos produtos sem fumaça baseados na ciência para homens e mulheres que, de outra forma, continuariam fumando. E com esse reconhecimento, esperamos sinceramente que os formuladores de políticas optem por trazer a regulamentação do tabaco para o século 21.”