Discurso do Brasil na COP10 fala em diminuição de área de tabaco e substituição por alternativas

Olá Jornal
fevereiro06/ 2024
Embaixador Carlos Henrique Moojen de Abreu e Silva, com a presidente da Conicq, Vera Dra. Vera Luiza da Costa e Silva FOTO: WHO/FCTC/Ana Alveo

O discurso do Brasil na COP10 fala em diminuição de área plantada e substituição por alternativas como o plantio de alimentos. O texto lido pelo Embaixador do Brasil no Panamá, Carlos de Abreu e Silva, que chefia a delegação brasileira aborda a medida. “O Brasil toma em consideração a diminuição em áreas cultivadas no número de famílias envolvidas na produção de tabaco. Como resultado da diminuição na demanda internacional de tabaco, nesse contexto, o Brasil busca explorar alternativas econômicas viáveis e sustentáveis para os agricultores de tabaco”, afirma o texto.

A fala aborda um dos temas mais sensíveis a cadeia produtiva que tem nesta possibilidade uma sombra sobre a atividade agrícola. Embora atribua a diminuição à queda na demanda de tabaco provocada pelo menor consumo dos produtos, o discurso coloca luz a a ação do governo de buscar a substituição da cultura.

Além disso, o texto lido pelo embaixador trata do aumento de impostos, expectativa ainda maior com a aprovação da reforma tributária. “A nova reforma de taxa aprovada pelo Congresso Nacional cria uma oportunidade única para o controle de tabaco”.

O discurso ainda aborda os novos produtos de nicotina em debate no país. “O Brasil está realizando um processo de consulta pública para definir sobre a proibição de vendas, importações e publicações de dispositivos eletrônicos para fumar ”. Todas as medidas são atribuídas ao trabalho da Comissão Nacional para a implementação da Convenção-Quadro do Tabaco (Conicq) e seus protocolos no que chama de “principais prioridades do Brasil”.

As delegações oficiais dos 183 países que fazem parte do tratado da OMS realizam manifestações públicas durante a COP, com posições governamentais e medidas futuras para diminuir o consumo de produtos de tabaco. O Olá Jornal vem tratando do tema das áreas de cultivo com tabaco há um ano, após campanha do Ministério da Saúde que questionava a produção, e não o cultivo de alimentos.

FOTO: Divulgação/WHO/FCTC

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