Sem efetividade na geração de novas receitas e a necessidade de manter serviços públicos, o Governo Municipal prepara um novo pacote de medidas para cortar despesas. Algumas ações já foram realizadas como a redução de gastos com aluguéis, diárias e contratos de terceirizadas. Agora o poder público avalia as ações que efetivamente irão garantir o equilíbrio financeiro até o fim do ano.
O prefeito Giovane Wickert (PSB) já fala em parcelamento de salários, em especial no último trimestre de 2017, se o pacote de cortes não for efetivado. Entre as áreas na mira da equipe econômica estão; cargos em comissão, contratos de serviços e obras públicas. A situação não é diferente em outros municípios.
Os dados são primários e levam em consideração o relatório financeiro do primeiro quadrimestre. A Secretaria da Fazenda vai apresentar os detalhes do relatório no dia 31 de maio, durante audiência pública na Câmara de Vereadores. “A ordem segue sendo de corte nos gastos, não estamos projetando aumento das receitas, em especial pela baixa na economia nacional. Por isso, estamos cortando em diversas frentes. As áreas prioritárias de investimento atualmente são os setores da saúde e educação,” argumenta Wickert.
Até o fim de junho o governo espera ter mapeado áreas que podem ter maior redução de despesas. O trabalho é realizado pela secretaria da Fazenda. Ainda em janeiro realizamos um trabalho do tipo e agora vamos mais a fundo, já que situação das contas segue exigindo cortes mais profundos nos gastos públicos,” explica a secretária, Jeanine Benkenstein.
DISCUSSÃO
Apesar das dificuldades projetadas para o período, Giovane afirma que manterá o diálogo com os setores que terão cortes programadas. Junto ao funcionalismo, o gestor municipal espera se reunir com o sindicato para traçar ações e avaliar medidas que possam viabilizar as despesas. “Não descartamos os parcelamentos de salários, é uma questão que depende das receitas. Estamos adotando diversas ações e ainda precisaremos mais medidas. Vamos discutir com os representantes de classe a situação econômica do município.”
PROJEÇÃO
Conforme a secretária, a Lei de Diretrizes Orçamentárias já apontava a necessidade de contenção, uma vez que prevê déficit operacionais nas receitas. Aliado a isso, entram na conta outros R$ 5 milhões de restos a pagar de 2016, quitados ao longo do primeiro quadrimestre. Na projeção orçamentária também não constam nomeação de vários cargos do primeiro escalão da Prefeitura.
Na avaliação do prefeito, a construção do Orçamento deste ano, realizado pelo governo anterior, foi feita também para prejudicar o andamento dos trabalhos. “Há secretarias que não possuem mais orçamento, porque a projeção feita não incluiu todas as despesas, chego a conclusão que o orçamento deste ano foi construído para prejudicar o governo,” revela Wickert.