Atividades portuárias em Venâncio Aires voltam ao debate

Olá Jornal
março24/ 2018

No inicio da colonização regional, o transporte fluvial foi fundamental para o escoamento de produtos e a locomoção dos imigrantes. Em Venâncio Aires, Vila Mariante contou com este movimento. Entretanto, o uso das hidrovias acabou sendo abandonado, com investimentos cada vez maiores em rodovias. Após mais de 30 anos sem uso, o porto no segundo distrito, poderá conquistar novo potencial. Entretanto, o poder público local acredita que toda esta potencialidade será explorada pela iniciativa privada.

O crescimento de 13% do PIB agropecuário em 2017 beneficiou diretamente uma atividade: a de serviços aquaviários, ou hidroviários. Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, essa modalidade de transporte de mercadorias e de passageiros por barcos, navios ou balsas cresceu 18,7%, segundo informou na última semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em outubro passado foi realizado um seminário estadual sobre o desenvolvimento das hidrovias. Na oportunidade foram catalogados 17 pontos no Rio Grande do Sul, com potencial para exploração de serviços fluviais para o transporte de cargas e Venâncio Aires está incluído no estudo. O trabalho de pesquisa para apontar caminhos na tentativa de viabilizar este tipo de logística, foi realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Nelsoir Battisti (PSD), a retomada do transporte pelo rio Taquari, vai passar pelos investimentos da iniciativa privada. “Este é o único caminho, já que ao longo dos últimos 30 anos não foram feitos investimento neste ramo pelo governo do Estado, que administra os locais.”

Assim como a Capital do Chimarrão, Cachoeira do Sul e Rio Pardo buscam a reativação das unidades portuárias, com a finalidade de incrementar as soluções de transporte. A proposta é de criar postos avançados para o escoamento da safra de grãos. Além das três cidades, o porto de Triunfo receberia o complemento de carga, para seguir até Rio Grande. “Quem comanda este tipo de investimento é o mercado, por isso, se houver demanda, e sabemos que tem, poderemos ter investimentos bem significativos neste setor,” destaca Battisti.

CAMINHOS
O prefeito Giovane Wickert (PSB) destaca que conversas entre a Prefeitura e potenciais investidores já estão ocorrendo e poderão resultar em investimentos no transporte pelo rio Taquari. “Sabemos que este tipo de transporte poderá inclusive diminuir o movimento de cargas pelas estradas. Venâncio quer participar destas discussões e incentivar este ramo logístico.”

POTENCIAL
Em períodos de processamento de tabaco, a região do Vale do Rio Pardo encaminha até o porto de Rio Grande 130 contêineres de produtos. Esta demanda também poderá ser contemplada com interpostos de transporte por meio da hidrovia Taquari/Jacuí. O custo logístico, segundo estudo da Confederação Nacional dos Transportes, pode reduzir em 30% se for feito por meio de rios, uma vez que a capacidade de carga é maio para navios.

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