Apesar da queda na produção global de tabaco, consumo de cigarros começa a entrar em estagnação

Olá Jornal
novembro14/ 2022

Na última semana a Associação Internacional de Produtores de Tabaco (ITGA em inglês) se reuniu em Portugal, com participação de representantes da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Na oportunidade foram apresentados números atualizados da produção e do consumo de cigarros no mundo. A projeção aponta que apesar da redução na produtividade de tabaco, a venda de cigarros entra em estagnação, com potencial de crescimento em alguns continentes. 

Em quatro anos a produção global de tabaco registra redução de 9,4%. Em 2019 foram colhidas 4,446 milhões de toneladas. No ano seguinte (2020) foram 4,112 milhões. Em 2021 o total produzido chegou  a 4,099 milhões de toneladas. E as estimativas para 2022 chegam a 4,026 milhões de toneladas. Para 2023 a estimativa de produção está em 4,026 milhões de toneladas. 

Ainda conforme os dados da entidade internacional, o consumo de cigarros no mundo vinha registrando entre 2,5% e 3% de queda nos últimos anos. Porém, entre 2020 e 2021 essa redução foi de 0,8%. “Consumo em crescimento de vendas de cigarros pode vir nos próximos anos da Ásia Pacífica, Oriente Médio e África. Enquanto que outros mercados, Europa e Américas ficam em estagnação ou leve queda. Países com projeção de aumento de consumo estão com condições financeiras começando a melhorar, o que está levando a mais consumo. Não se pode achar que será um aumento significativo,” alerta o presidente da Afubra, Benício Werner. 

Segundo dados da ITGA, foram comercializados no último ano 5,836 trilhões de unidades de cigarros. “Nós como produtores não podemos levar em consideração esse aumento de consumo para ampliar o cultivo de tabaco. O que está ocorrendo é aumento de consumo dos novos produtos de tabaco, em especial o de tabaco aquecido,” explica Wener. 

O presidente da entidade lembra ainda que o Brasil segue na liderança das exportações de tabaco em folhas, em  especial pela qualidade. Para Werner, este é o diferencial da produção brasileira. “O Brasil precisa manter a tradição de exportador com foco na qualidade, porque quantidade outros países podem fornecer. Produzir qualidade, a partir da oferta e demanda. Temos qualidade com o clima,” finaliza. 

REUNIÃO 

Após duas Reuniões Gerais Anuais (AGM) realizadas em formato online devido ao Covid-19, a Associação Internacional de Produtores de Tabaco (ITGA) realizou uma AGM presencial em Castelo Branco, Portugal, nos dias 26-29 de outubro. O evento reuniu um número recorde de participantes, com associações membros dos cinco continentes – África, Ásia, Europa, América do Sul e do Norte, juntamente com as principais partes interessadas da indústria, que participaram no evento. No final desta sessão, José Javier Aranda, da Argentina, foi nomeado o novo Presidente do ITGA e Adam Gordon Strong o novo Vice-Presidente.

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