A modernização do voto iniciou em 1996, nas eleições deste ano a urna eletrônica completa 20 anos. Se naquela oportunidade houve questionamentos sobre a capacidade e segurança do sistema, após duas décadas as dúvidas seguem. Porém, a sistema permitiu colocar o país em vantagem na apuração dos resultados, e em até quatro horas será possível conhecer o novo prefeito e vice, além dos 15 vereadores.
O momento político nacional colocará em teste os eleitores brasileiros, que querem mudança no perfil dos políticos. A decisão do voto segue sendo o método para garantir a soberania democrática do Brasil. Mas nada disso será possível se o voto dos eleitores não for registrado. Para que isso não ocorra as urnas eletrônicas passam por testes e têm um vigilância constante, afim de garantir transparência ao processo eleitoral.
As dúvidas sobre o sistema seguem sendo rotineira, seja por teorias da conspiração ou por denúncias feitas ao longo das corridas eleitorais. Por enquanto, nada foi provado, e o mecanismo é o instrumento utilizado para o pleito deste ano. “Às vezes estas dúvidas acabam prejudicando todo o trabalho da Justiça, já que geram processos e questionamentos que não possuem embasamento. A decisão do voto segue sendo a principal arma de combate aos maus políticos,” argumentou o juiz eleitoral, João Francisco Goulart Borges, durante reunião com os partidos, em julho.
TESTES
Apesar de sofrer críticas por parte de especialistas e já ter sido alvo de questionamentos por partidos políticos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) destaca que os softwares das urnas passam por auditorias e que, inclusive, as siglas, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério Público Federal podem designar representantes seis meses antes do pleito para acompanhar os trabalhos.
Além disso, o órgão explica que são realizados os chamados Testes Públicos de Segurança (TPS), em que são convocados especialistas de universidades e “hackers” que tentam violar a integridade do sistema.
VOTO
Mesmo já passando da adolescência, o chefe do Cartório Eleitoral, da 93ª Zona, Eduardo Mosman, destacou no encontro com os partidos, que as dúvidas na hora do voto seguem, e acabam dificultando a relação do eleitor com o sistema. “Temos registro de pessoas que ainda não sabem votar, trocam a ordem e depois dizem que o aparelho votou errado. Mesmo após estes 20 anos sabemos que casos deste tipo são comuns, e que acabam gerando dúvidas sobre a segurança do sistema, quando na realidade o próprio cidadão é quem comete o erro,” argumentou.
Recentemente, o Congresso Nacional aprovou a necessidade de emissão de um boletim que será impresso e arquivado em uma urna física lacrada. A medida tem como intuito possibilitar uma recontagem de votos caso haja suspeita de fraude na urna. A medida começa a valer para as eleições gerais de 2018 e a estimativa é de um impacto financeiro de R$ 1,8 bilhão.
CORRIDA
A campanha de fato iniciou nesta terça-feira, 16, com a liberação da propaganda dos candidatos. Anúncios em jornais, debates e entrevistas estão na agenda dos candidatos a prefeito e buscam ajudar os eleitores na escolha do próximo gestor municipal.
A campanha ocorre até o dia 30 de setembro e os brasileiros irão as urnas no dia 2 de outubro, o domingo de eleições.
CALENDÁRIO
• 26/08 – começa a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV
• 17/09 – a partir desta data, nenhum candidato poderá ser preso, salvo em flagrante de delito
• 27/09 – a partir desta data, nenhum eleitor poderá ser preso, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal por crime sem fiança ou por desrespeito a salvo-conduto
• 29/09 – término da propagando no rádio
• 30/09 – fim do prazo para exibição de propaganda paga
• 02/10 – domingo de eleições