Agricultor foi fundamental para internacionalizar região e fazer desta terra um polo exportador

Olá Jornal
julho28/ 2021

No Dia do Agricultor, comemorado neste 28 de julho, Venâncio Aires ganha destaque com a sua produção agrícola. Isso porque, desde os primeiros colonizadores, é pelo tabaco que o desenvolvimento de toda a região ocorreu. Apesar do setor primário envolver diversos tipos de produção na agricultura, o papel do agricultor é fundamental para criar cadeias produtivas e fomentar a geração de renda em regiões inteiras. Apesar de ser nacionalmente conhecida como a Capital do Chimarrão, o município conquistou mercados em todo o mundo por conta do tabaco produzido nestas terras.

A economia da região é reconhecida internacionalmente pela força da cadeia produtiva do tabaco, e o principal elo desta corrente está no agricultor. A especialização no setor foi a principal causa do avanço da economia local, e coloca Venâncio Aires entre as 30 maiores economias do Rio Grande do Sul.

Para Fábio Pesavento, economista e professor da ESPM Porto Alegre, a estratégia de concentração na cadeia produtiva do tabaco foi acertada. “A especialização na cadeia produtiva do tabaco ajudou a desenvolver uma alta expertise no produto ao longo de várias décadas. Hoje, a região exporta um fumo de excelência, de valor agregado muito maior do que no passado. Isso causa um ciclo virtuoso de ampliação da produtividade e da renda, que transborda para outros setores econômicos”, afirma.

DESTAQUE
Para o chefe do escritório local da Emater/Ascar, engenheiro agrônomo, Vicente Fin, a produção de tabaco garantiu expertise para o agricultor, colocando a região em cenário de destaque. “O Vale do Rio Pardo teve o seu foco no desenvolvimento da fumicultura. Esta atividade para essa região foi importantíssima para o seu desenvolvimento, tendo prós e contras. Temos uma commodity que vai direto para outros países, na balança comercial foi importante ao longo da história. É uma cadeia de dois sentidos. Traz insumos ao produtor e do produtor sai uma produção global. No meio rural se desenvolve, na indústria produz e comercializa e para o país traz retorno em impostos desta venda,” destaca.

RENDA
Fin lembra ainda que a produção além de fomentar o desenvolvimento, garantiu condições para a permanência do agricultor no campo. “O desenvolvimento de toda a região foi fomentada pela produção de tabaco. Isso fez o produtor ter conhecimento tecnológico na atividade do fumo, com crescimento das indústrias. Não podemos esquecer o volume de famílias envolvidas e gerando renda. O tabaco está conseguindo segurar famílias no campo, porque em áreas pequenas se consegue retorno financeiro,” explica.

DIVERSIFICAÇÃO
Dados da Emater apontam que há 20 anos a produção de tabaco concentrava 80% do Valor da Produção Agrícola (VPA) em Venâncio Aires. Em 2020, esta participação ficou em 49,89%, movimentando R$ 145 milhões com o tabaco, do total de R$ 291,7 milhões gerados em todo o setor primário venâncio-airense.

Neste cenário, o incentivo da produção de nova culturas foi importante para o desenvolvimento do agricultor. “Agora, o produtor que ao longo da história plantou tabaco tem condições de realizar melhorias na sua propriedade, conseguindo investir em novos setores, com qualidade e experiência na produção agrícola,” destaca Fin.

Já o economista Fábio Pesavento afirma que a diversificação vem em momento certo. “A diversificação da economia na indústria e nos serviços se consolidou na medida em que Santa Cruz do Sul e região se posicionou como exportadora. A economia local está se diversificando no momento certo, após consolidar os ganhos de produtividade de sua especialização,” complementa.

FOTO: Divulgação/AI SindiTabaco

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