Afubra: água e grãos são os próximos passos

Olá Jornal
março21/ 2020

Atenta às necessidades dos produtores, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) chega aos 65 com lançamento de projetos de secadores de grãos e de armazenamento de água nas propriedades. O aniversário da entidade criada para defender os interesses dos produtores de tabaco, comemora neste sábado, 21 de março, o seu aniversário. Com isso, projeta também medidas e iniciativas para o futuro. As novas ações voltadas ao campo são projetadas como o próximo passo nessa caminhada ao lado do agricultor.

Conforme o presidente Benício Werner, os investimentos impulsionarão a diversificação e têm sido demandados pelos produtores. “A entidade precisa acompanhar as necessidades dos produtores que já são supridos com assistência técnica e a partir de um pedido do próprio produtor, vamos atuar também na área de secadores de grãos”.
Outra meta é oferecer maior segurança para o produtor da pequena propriedade, dando condições de autonomia de acesso à água com armazenamento quando disponível. “

 

A seca nos mostrou que não podemos depender somente do clima mas precisamos ser profissionais na produção e um dos fatores é ter água na propriedade”, afirma. Werner explica que o objetivo é buscar junto aos governos a desburocratização do acesso ao financiamento para açudes em pequenas propriedades que possuem menor impacto ambiental comparados às barragens utilizadas pelos grandes produtores.

GRANIZO: DA ORIGEM ATÉ HOJE

O ressarcimento de prejuízos com o granizo, episódio que motiou a criação da Afubra, continua sendo um dos principais pilares da associação 65 anos depois. A cada safra, os riscos de prejuízos com a queda de granizo nas lavouras desafiam os produtores que encontram na entidade a segurança de amparo.

Assim já era em meados de 1950 quando o desespero de vizinhos fumicultores inquietou Harry Wildner, pai do atual presidente Benício Werner, e o motivou a fundar a instituição.

Na época, um forte granizo caiu na localidade de Formosa, então pertencente a Santa Cruz do Sul, onde Harry morava com sua esposa Helena Werner e possuía uma casa comercial. Logo o estabelecimento ficou lotado de vizinhos que relatavam o mesmo fato: lavouras arrasadas pelo granizo e produtores sem renda para se manter. O episódio fez com que Harry buscasse apoio de amigos e outros líderes rurais para solucionar o problema.

E assim, surge em 21 de março de 1955 a Associação de Plantadores de Fumo em Folha do Rio Grande do Sul que teria como uma de suas principais ações garantir amparo ao produtor por meio de um seguro mútuo contra intempéries.

CONFIANÇA E CREDIBILIDADE

A confiança e credibilidade são valores instituídos desde a origem. O trabalho de pessoas para pessoas é o que mantém a entidade forte e relevante para os produtores e para sociedade que a partir da produção tem garantido emprego e renda nos municípios produtores e pelo Brasil afora, com as receitas geradas. A confiança dos primeiros que acreditaram na ideia e a credibilidade dos fundadores foi fundamental para que a entidade iniciasse os primeiros passos. “Não havia bem nenhum mas vontade de trabalhar. Admiro muito os primeiros produtores que confiaram primeiro na entidade porque só viram pessoas e a lojinha para diversificar”, afirma o presidente da Afubra.

Desde logo produtores e empresas entenderam que a associação era séria pois viram os atingidos pelo granizo recebendo e assim foi aumentando a confiança. A primeira safra nos anos de 1956/57 contou com 103 produtores associados. Assim também foi com as relações políticas, sindicais e com demais entidades ampliando relações, estabelecendo parcerias e fortalecendo sua imagem junto à sociedade. Hoje são 90 mil associados e mais de 100 mil lavouras inscritas no sistema mútuo.

 

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