O Brasil exportou 74.107,21 toneladas de tabaco em folhas entre janeiro e março de 2025, uma queda de 6,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da retração no volume, a receita com as exportações cresceu 11,6%, totalizando US$ 663,68 milhões, impulsionada pela valorização do produto no mercado internacional. O produto é o principal na pauta de exportações de Venâncio Aires e do Vale do Rio Pardo.
O preço médio do tabaco exportado atingiu US$ 8,96 por quilo, uma alta de 19,8% em comparação com os três primeiros meses de 2024. A valorização compensou a redução na quantidade embarcada e garantiu desempenho positivo na balança comercial do setor.
Mesmo com a queda no volume, o tabaco representou 0,9% do total exportado pelo país no trimestre, ocupando a 22ª posição no ranking geral das exportações e a 15ª colocação entre os produtos da indústria de transformação.
DESTINOS
A China manteve sua posição como principal mercado do tabaco brasileiro, sendo destino de 48% das exportações no período. Outros países de destaque incluem Estados Unidos (6,4%), Bélgica (9,2%), Indonésia (5,9%), Emirados Árabes Unidos (4,3%), Rússia (3,7%) e Turquia (3,2%).
PANORAMA DO SETOR
Apesar da retração no volume em 2025, o setor havia apresentado crescimento consistente no ano anterior: em 2024, as exportações totalizaram 323.409,4 toneladas, com receita de US$ 2,65 bilhões – alta de 8,6% em valor, mas uma queda de 10,3% em volume.
DEMAIS PRODUTOS
O tabaco bruto encerrou os três primeiros meses de 2025 com alta de 1,7% no total embarcado, encerrando com 554,31 toneladas, e alta de 14,4% nas vendas, totalizando US$ 12,22 milhões. A Indonésia é o principal destino, representando 43% dos embarques.
As vendas com o produto finalizado, cigarros, charutos e outros, estão aquecidas neste primeiro trimestre. Os negócios acumulam alta de 22,6%, com US$ 50,67 milhões em vendas. Já os embarques registram alta de 15,1%, com 8.203,45 toneladas enviadas ao mercado global. A Argentina é o principal destino para o produto finalizado, representando 26% do total enviado, com US$ 13,2 milhões em vendas, alta de 17,8% se comparado ao mesmo período do ano passado.
Os negócios com talos e extratos de tabaco representam alta de 38,1% neste início de 2025, com US$ 17,44 milhões em vendas globais. O total embarcado com este tipo de produto acumula crescimento de 12,3%, com 21.663,22 toneladas.
O principal destino é a Bélgica, com US$ 3,1 milhões em vendas, representando 18% do total negociado com os mais de 50 destinos. Os belgas são porta de entrada para os negócios com tabaco na União Europeia, e acumulam crescimento de 40% nas compras do produto brasileiro neste primeiro trimestre. Juntos, todos os produtos de tabaco movimentaram entre janeiro e março mais de US$ 744 milhões. O valor é 12% maior do que o registrado no mesmo período de 2024, quando os negócios de tabaco movimentaram mais de US$ 659,6 milhões.