Farsul realiza levantamento de perdas no campo gaúcho e vai aplicar R$ 100 milhões em auxílios

Olá Jornal
junho08/ 2024

A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) tem realizado roteiros nas principais regiões atingidas pelas enchentes. A proposta da entidade representativa é ouvir as demandas dos produtores rurais e direcionar recursos para a reestruturação da propriedade ou cadeia produtiva. Atualmente, os prejuízos projetados pelas chuvas ao longo de maio no setor agrícola gaúcho chegam aos R$ 3 bilhões.

Durante a visita do ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa) Carlos Fávaro, em Santa Cruz do Sul na última terça-feira, 28, o presidente da Farsul, Gedeão Silveira Pereira, em entrevista ao Olá Jornal, destacou que a entidade está levantando prejuízos e avaliando formas de auxiliar produtores. “Estamos percorrendo o Rio Grande do Sul para avaliar o cenário na agricultura, e analisar como podemos acudir o mais rapidamente as regiões afetadas.”

Junto com o Senar, a federação mantém assistência técnica para suporte de produtores. “A Farsul, assim como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, temos um importante braço, que é a Assistência Técnica e Gerencial, muitos técnicos habilitados que dão assistência a muitos produtores. Nós temos mais de 3 mil produtores assistidos nessas regiões, que estão vendo os maiores prejuízos com as condições climáticas,” reforça Pereira.

RECURSOS
A Farsul conta R$ 100 milhões para investimentos nas propriedades rurais atingidas. Conforme o presidente da entidade, o mapeamento de necessidades prioritárias está sendo feito durante as visitas aos produtores. “Temos recurso para, pelo menos, dar o pontapé inicial para ver como podemos ajudar através dos nossos técnicos. Nós temos R$ 100 milhões do Senar para fazer esse tipo de investimento. É justamente o que nós estamos olhando são necessidades diferentes. Por exemplo, temos produtores que perderam móveis, da sua moradia, geladeira. E tem produtores que perderam a sua produção. Por exemplo, pagar frete, trazer alimentação, porque isto vai longe, nós estamos indo para o inverno, é a pior estação do ano, evidentemente em produção forrageira, isto vai demorar a acontecer,” reforça.

Apesar dos prejuízos divulgados, que alcançam os R$ 3 bilhões, Pereira afirma que os valores podem ser maiores. Para fazer frente à situação no meio rural, a liberação de recursos federais é a principal demanda. “Recursos financeiros, isso terá que ser feito para restabelecer o processo produtivo em todo o estado do Rio Grande do Sul e em todas as cadeias. Nós temos uma área muito afetada de pequenos produtores rurais. É preciso dar condições para reestabelecer o trabalho desses produtores e depois nós temos um grande trabalho em cima dos médios e dos grandes produtores também,” destaca.

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