Desde 2019 até a safra 2021/2022 Venâncio Aires ocupava a liderança na produção de abacates do Rio Grande do Sul. A Capital do Chimarrão, na última safra, com dados de 2022, deixou o topo do ranking gaúcho, com 213 toneladas colhidas. A estiagem ao longo do último ano, afetou a produção. Em primeiro lugar está o município do Vale do Taquari, Roca Sales, que encerrou 2022 com 684 toneladas colhidas. Venâncio passou para a segunda posição, com tendência de crescimento, já que programas locais de estímulo ao cultivo de frutas distribuíram novas mudas, entre elas de abacates, que devem ampliar a colheita nos próximos cinco anos.
Este cultivo injetou no município R$ 533 mil, segundo dados da produção agrícola, calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o líder na produção, Roca Sales, movimentou R$ 1,5 milhão. O território venâncio-airense conta com 20 hectares dedicados ao cultivo da fruta. No município líder esse número é de 57 hectares.
Ainda aparecem no topo do ranking gaúcho dos maiores produtores, Bento Gonçalves, com 150 toneladas colhidas em 2022, e Cachoeira do Sul, com também 150 toneladas. Na cidade da serra, a produção movimentou no último ciclo produtivo R$ 465 mil.
ESTADO
O Rio Grande do Sul registrou crescimento de 6% na produção com abacate. Em 2022 foram 4.414 toneladas. Em 2021 a produção alcançou 4.162 toneladas. No ano anterior foi a mais baixa produção da série histórica, com 4.128 toneladas (2020). Em 2011 foi o principal em produção com abacate no estado, fechando em 6.907 toneladas.
DEMANDA GLOBAL
Na última década, o abacate tem se destacado no setor mundial de frutas. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) projeta que o abacate se torne a fruta tropical mais comercializada até 2030, com as exportações globais superando as quatro milhões de toneladas, acima das vendas externas de manga e de abacaxi, atrás apenas da banana. No Brasil, a produção de abacate vem crescendo com força nos últimos anos, levando o País a ocupar o sétimo lugar no ranking mundial.
A participação do Brasil nas exportações globais da fruta, contudo, ainda é muito baixa – o País é apenas o 20º maior exportador mundial. E estimativas indicam que apenas 3% da produção brasileira é exportada. Já os principais concorrentes do Brasil (México, Colômbia, Chile e África do Sul) exportam mais de 50% do que produzem.
FOTO: Divulgação/Embrapa