Os problemas enfrentados pelos usuários da RSC-287, entre Tabaí e Santa Maria estiveram em debate entre os municípios e a Rota de Santa Maria, do grupo Sacyr, empresa que detém a concessão da rodovia. O encontro foi promovido na última quinta-feira, 13, pelo deputado Edivilson Brum (MDB) na sede do Consórcio Intermunicipal de Serviços no Vale do Rio Pardo (Cisvale), em Santa Cruz.
O parlamentar, que tem intermediado as conversas com o governo do estado, concessionária e Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agergs), explicou que o contrato de concessão, que prevê a duplicação da via, não inclui investimentos nos mais de 2.500 acessos a propriedades ao longo da rodovia.
Segundo o deputado, o Estado vai arcar com essa despesa. “Porque em outras concessões era o usuário que tinha que pagar esses acessos, mas o DAER nunca cobrou por esse serviço, sempre foi o Estado que fez”. Acessos comerciais e industriais não estão incluídos nessa gratuidade. Brum pediu ao governo maior celeridade na resposta aos pedidos de adequação no projeto da duplicação, como a inclusão de acessos comerciais já solicitados pelas empresas e prefeituras.
As intervenções na RSC-287 que têm causado o frequente “para e siga”, foram consideradas inevitáveis pela concessionária, no entanto, Brum afirmou que falta comunicação com a população para explicar com antecedência quais os trechos que estarão com mais bloqueios. Da mesma forma, não há alternativa para os bloqueios recorrentes provocados pela necessidade de tapa-buracos emergenciais.
“Não temos outra alternativa. A estrutura da rodovia não aguenta o volume de veículos por isso precisamos do pare e siga. Tem lugares que se não fizermos isso não teremos rodovia, somos obrigados a fazermos paliativos para segurança do usuário”, explicou o diretor geral da Sacyr, Leandro Conterato.
Além disso, alegou que muitos dos problemas não estariam ocorrendo caso a duplicação do rodovia viesse antes das obras de reparo, o que não está previsto no contrato mas que seria o ideal pois haveria fluxo garantido já na nova pista.
O diretor da Sacyr Concessões Brasil, Aquilino Espejo, esclareceu que a empresa não tem poder de decisão sobre o contrato, cabendo ao poder concedente atender às reivindicações da comunidade. “Não vamos decidir o que é ou não, nunca, jamais. Quero tentar tirar esse estresse de vocês, não podemos decidir”, afirmou. O presidente do Corede Vale do Rio Pardo, Heitor Petry, solicitou a ativação do Conselho de Usuários.