Não é de hoje que o cultivo de tabaco mobiliza pesquisas e ações para garantir a proteção natural das áreas de plantio. Nos últimos anos os cuidados com a terra, onde são semeadas as safras, aumentaram, para garantir nutrientes e armazenamento de água. Na cadeia produtiva ações de proteção e conservação do solo ganharam destaque há pelo menos seis anos.
Na avaliação do coordenador da Unisc Serviços, Paulo Roberto Theisen, que concentra os laboratórios da Central Analística da instituição, a produção de tabaco mantém ações contínuas de conservação de solo, garantindo destaque entre as produções agrícolas na região do Vale do Rio Pardo.
“O tabaco é uma das culturas que mais tem monitoramento de condições de plantio e de solo, as indústrias têm indicadores muito positivos sobre ações de manejo. O segmento mantém um controle muito grande de proteção e conservação, o que garante produtividade nas safras,” explica Theisen.
A Central Analítica conta desde a década de 1980 com um laboratório para análise de solos. O espaço também é utilizado pelas indústrias do setor do tabaco. “Temos parcerias com as principais indústrias do setor para analisar as condições de cultivo. Na região, assim como a maior parte do Rio Grande do Sul, o solo é mais arenoso, e o sistema integrado tem permitido uma proteção maior do solo, com incentivos e orientação aos pequenos produtores, para os cuidados com o solo.”
APOIO TÉCNICO
Além do trabalho feito pelas equipes de pesquisas das próprias empresas produtoras de tabaco, o sistema de extensão rural, como da Emater/Ascar, tem colaborado com os agricultores no manejo do solo. Entre as ações encaminhadas pelo escritório de Venâncio Aires da entidade, coordenado pelo engenheiro agrônomo Vicente Fin, estão a orientação de proteção.
Entram nestas medidas ações para rotação de culturas nas áreas de cultivo, coberturas verdes, sistema de quebra-ventos (árvores ou arbustos plantados em filas para proteger a área de lavoura), plantio de direto e agricultura de contorno (para evitar erosão).
“São diversas ações que já mostraram eficiência para proteger e conservar o solo. Ao produtor é preciso buscar orientação, já que um solo saudável e com manejo adequado garantem produtividade e eficiência na produção pelos próximos anos,” conclui Fin.