O Programa Milho, Feijão e Pastagens representou o incremento de R$ 779 milhões na renda dos produtores. A iniciativa fortalece a safrinha com plantio de grãos e pastagem após a colheita do tabaco.
As estimativas apontam uma redução de R$ 154 milhões na receita total em relação a 2021, quando o resultado foi de R$ 993 milhões de renda extra com a produção de grãos. O forte período de estiagem durante a safrinha impactou diretamente na produtividade, principalmente no Rio Grande do Sul, que passou por esse momento com maior intensidade, com a renda total caindo de R$ 368 milhões (em 2021) para R$ 344 milhões.
Em relação a área plantada, o milho teve uma redução de 112.366 hectares (2021) para 92.776 hectares neste ano, principalmente por atrasos na semeadura e deficiências na germinação do grão. Em contrapartida, a área cultivada de feijão cresceu 6% e de soja 16% na região gaúcha, totalizando em 417.802 toneladas de grãos na safrinha.
Os índices de produtividade apresentaram queda em todos os cultivos e oscilação nos volumes de produção para menos, com exceção para o feijão no Paraná, que possui a maior área cultivada e sofreu menos influência da estiagem, apresentando um crescimento de 25% em relação ao ano anterior.
“Mesmo com uma queda do rendimento em comparação ao ano anterior, a receita da segunda safra é importante para o produtor, mas não é o único aspecto que deve ser avaliado. Isso porque a rotação de culturas reduz a proliferação de pragas, doenças e ervas daninhas na propriedade, garantindo um solo saudável para a próxima safra. No âmbito econômico, tem ainda outras vantagens como a redução dos custos de produção dos grãos, uma vez que ocorre o aproveitamento residual dos fertilizantes e pode, também, haver redução de custo na produção de proteína com o uso do milho no trato animal”, avalia o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.